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sábado, 9 de novembro de 2013
“Língua Charra – Regionalismos de Trás-os-Montes e Alto Douro” A. M. Pires Cabral
Volume I – A-E 568 p. | Volume II – F-Z 606 p.
Depois do nosso Dicionário do Falar de Trás-os-Montes e Alto Douro ter sido a referência durante largos anos na lexicologia transmontana, chega agora às livrarias este trabalho exaustivo de Pires Cabral, que ansiamos poder consultar.
Felicitações ao autor.
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Com as suas quase
23.000 entradas (muitas delas desdobrando-se em múltiplas acepções), esta é sem
dúvida a mais completa recolha de vocabulário popular transmontano e alto-duriense
publicada até hoje.
Língua Charra – Regionalismos de
Trás-os-Montes e Alto Douro
é, por um lado, um apanhado de todas as obras congéneres a que o autor teve
acesso, desde o labor pioneiro dos filólogos da Revista Lusitana, até às compilações em livro de Adamir Dias /
Manuela Tender; Jorge Golias / Jorge Lage / João Rocha / Hélder Rodrigues;
Jorge Lage; Rui Guimarães; e Vítor Fernando Barros, entre outros, a quem se
presta aqui homenagem. Por outro lado, tem uma base sólida na memória e
experiência do autor, nascido em meio rural e desde sempre apaixonado pela
linguagem popular.
Neste dicionário
questiona-se a etimologia, faz-se relacionação intervocabular e adicionam-se
elementos e comentários que permitem uma melhor compreensão. Para além disso, ilustram-se
os vocábulos com muitas centenas de abonações, retiradas quer de obras
literárias, quer do adagiário, cancioneiro, devocionário e romanceiro
populares.
Na introdução ao
seu Romanceiro, escreveu Almeida
Garrett: «Eu reuni, juntei, pus em alguma ordem muitos elementos preciosos.
Trabalhadores mais felizes, e sobretudo mais repousados que eu de outras
fadigas, virão depois, e emendarão e aperfeiçoarão as minhas tentativas. [...]»
Dizendo-o à nossa
maneira: nós trouxemos o pedregulho até aqui. Leve-o mais longe quem possa,
saiba e queira. [Da Nota Introdutória]
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