domingo, 29 de maio de 2016

                          
«Assiste-se nos livros de Inácio Pignatelli sobre o Douro a um constante diálogo entre dois seres que se amam, se respeitam e se completam. Porque, como diz Mestre Júlio Resende, em entrevista neste livro, o «Douro é um ser que respira. Que reflecte uma espécie de sentimento humano em tal dinâmica, que transmite o alegre e o trágico, a inocência e o presságio. Espelho do céu e do inferno. O seu trajecto iria impor uma enorme determinação vencendo obstáculos sem fim aos quais, afinal, o homem, respondeu num esforço hercúleo, para a sua sobrevivência». E são cerca de novecentos quilómetros desde o mistério do nascer entre meia dúzia de pedrinhas, no meio de uma pocinha de areia húmida, entre tufos de musgo, como uma pequena e tosca cruz de ferro a assinalar o lugar.» Júlio Couto, prefácio