terça-feira, 17 de novembro de 2015

Diego Moraes lança livro em São Paulo

                                      
O coletivo paulistano Corsário-Satã lança o segundo título de seu catálogo: Eu já fui aquele cara que comprava vinte fichas e falava ‘Eu te amo’ no orelhão, do escritor amazonense Diego Moraes. O primeiro, Nominata Morfina, de Fabiano Calixto, que estava esgotado, recentemente ganhou reimpressão. Ambos os autores estarão na Balada Literária, numa conversa com o poeta Bruno Brum, no dia 20 de novembro, em São Paulo, para marcar o lançamento do novo volume.
Quarto livro de Moraes, este poemário é composto por 234 peças epigramáticas, começando por frases soltas, hiperconcentradas, que vão ganhando corpo na medida em que as páginas avançam, terminando em peças líricas e poemas em prosa. O estado financeiro crítico da poesia é uma constante no livro de Diego Moraes, sem com isso se transformar em lamento. Ao contrário, há uma espécie de celebração constante das pequenas vitórias, da sobrevivência diária que, de algum modo, contorna a pecúnia artística sem financiamentos ou jabás.
Ao mesmo tempo, o livro parece ir na contramão de qualquer processo jurídico: vai da sentença até a narrativa do crime. Um crime sobretudo passional. Por isso, os cenários são o bar, a zona, a escola – as instituições literárias do submundo.
Diego Moraes é um dos idealizadores da Flipobre. Seus livros são publicados em editoras experimentais, paralelas: primeiro Saltos ornamentais no escuro (Edição do autor); depois na Barteblee, onde lançou seus dois livros seguintes (A fotografia do meu antigo amor dançando tango e A solidão é um deus bêbado dando ré num trator, de 2012 e 2013); depois, Um bar fecha dentro da gente (2015), pela Douda Correria, editora lusitana; agora, na Corsário-Satã. Logo estará também em tradução, na Argentina, numa coletânea da editora Ediciones Outsider.

Lançamento em São Paulo/ Balada Literária
20 de novembro, às 20h30
Centro Cultural B_arco