terça-feira, 24 de dezembro de 2013

José Viale Moutinho, conhecido investigador de Camilo Castelo Branco, debruça-se desta vez sobre a gastronomia na obra de Camilo. Percorrendo os inúmeros livros do escritor e textos dispersos, recolheu as invulgares citações relacionadas com alimentação e procurou descobrir o modo de confecção da época. Desde a truta de escabeche ao toucinho-do-céu, as dezenas de citações e receitas que compõe este livro certamente irão agradar tanto camilianistas como amantes da cozinha.
                               
                                    
 «Há muito, muito tempo… tanto que a memória dos homens quase não alcança, governava, nas terras da Judeia e, talvez, da Galileia e da Samaria, um rei a quem chamavam Herodes, o Magno. Habitava palácios e moradias, tantos e tão faustosos que os reis e os governadores dos povos vizinhos invejavam a sua riqueza. Tinha carros e cavalos, tantos e tão bonitos que toda a gente parava para vê-los passar. Comandava soldados e exércitos, tantos e tão fortes que ninguém ousava combatê-los.
(...)
Durante quarenta dias e quarenta noites, correu para sul. Durante mais doze luas, vagueou para norte. Em dias de maré vaza, retornou para ocidente. Levava fogo nos olhos, na mente maus pensamentos, na alma ousadia e vigor. E, coitado, no coração carregava todos os ódios do mundo.»

O recon(encan)tar de uma das mais velhas histórias do Mundo...





                                           Foto: “O Menino-Rei” texto Carlos Carvalheira, ilustração Joana de Rosa

«Há muito, muito tempo… tanto que a memória dos homens quase não alcança, governava, nas terras da Judeia e, talvez, da Galileia e da Samaria, um rei a quem chamavam Herodes, o Magno. Habitava palácios e moradias, tantos e tão faustosos que os reis e os governadores dos povos vizinhos invejavam a sua riqueza. Tinha carros e cavalos, tantos e tão bonitos que toda a gente parava para vê-los passar. Comandava soldados e exércitos, tantos e tão fortes que ninguém ousava combatê-los.
(...)
Durante quarenta dias e quarenta noites, correu para sul. Durante mais doze luas, vagueou para norte. Em dias de maré vaza, retornou para ocidente. Levava fogo nos olhos, na mente maus pensamentos, na alma ousadia e vigor. E, coitado, no coração carregava todos os ódios do mundo.»

O recon(encan)tar de uma das mais velhas histórias do Mundo...

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...
[também do autor o título: “Contos do Vale da Promissão”, ilustrações Álvaro Dias]