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Adolfo Maria, natural de Luanda, é conhecido pela sua participação no combate cultural, político e armado pela independência de Angola e pela democracia nesse país, o que lhe valeu ter sido preso pela polícia política portuguesa, a PIDE, em 1959, e perseguido em 1976, cinco meses depois da independência, pela polícia política do novel estado angolano, a DISA, chefiada por seus antigos companheiros de luta, que o expulsaram do país, em 1979.
No exílio, com Mário Pinto de Andrade e Gentil Viana, fez parte de um Grupo de Reflexão que, durante os anos 80, procurava vias para o fim da guerra civil em Angola.
Após os acordos de paz de Bicesse, voltou a Angola em 1991 e 1992, acompanhando Gentil Viana, autor de um plano de convivência nacional. A guerra civil foi retomada em Outubro de 1992, logo depois da realização das eleições estipuladas pelos referidos acordos. Desde então, Adolfo Maria não mais fez intervenções de carácter político. Todavia continuou a acompanhar atentamente a evolução de Angola, sobre a qual sempre escreveu ou se pronunciou em entrevistas, conferências e colóquios. Em 2006 foi publicado o livro Angola no percurso de um nacionalista – conversas com Adolfo Maria, Edições Afrontamento. Publicou em 2014 Angola – Sonho e Pesadelo, Edições Colibri e o romance Na Terra dos TTR, Edições Colibri. Em 2015 publicou Angola – contributos à reflexão, Edições Colibri. É colaborador permanente do jornal cultural O Chá, de Luanda, e membro do painel de Debate Africano, programa semanal radiofónico da RDP África, também televisionado e transmitido pela RTP África.