sábado, 25 de abril de 2015

“Crónica Triste de Névoa”, de João Madureira

                                        

 Esta crónica inicia-se na Feira dos Santos de 1941, quando um homem pretende mudar a sua vida. É o tempo do volfrâmio. E por terras de Trás-os-Montes ele aparece em todo o lado, tal como os pobres, as crianças e os cães.
Depois tudo acontece em Névoa: a visita de um ministro, cinco pragas, uma matança, uma castração, um dilúvio universal, o desbobinar do ultramar, a psicose da imigração, o perigoso sol de Agosto, um herói que defende a sua dama, o pesadelo dos deuses, o fabrico do ouro negro (pedra filosofal), sessões de fado, divagações filosóficas, discussões futebolísticas, idas à bruxa, várias alucinações, a revelação de dois segredos de Estado, soldados portugueses que vão para a guerra (é que os houve mesmo), exercícios de faquirismo, bodos aos pobres, procissão dos fiéis defuntos e outros préstitos, um advogado que faz correio sentimental, fome que põe os pobres a rir, jantares de Lúculo, alucinações de uma senhora muito virtuosa e de uma cabeça voadora, um Cristo de madeira que chora e outro que anda, casamentos e loucos que os interrompem, várias dietas, guerra em Cafés, guerrilheiros e guerrilhas, várias dissertações de se lhe tirar o chapéu, o milagre das Caldas, a desgraça do vinho, uma explicação da diferença entre pobres e miseráveis, uma polémica sobre festas e romarias, romagens de fé e patriotismo, discursos de alma ajoelhada, sandes de vitela assada e copos de vinho tinto, a fárria do volfrâmio, a rivalidade entre duas aldeias, o roubo do túmulo do filho do Mestre de Avis, os pios Carlos, a festa de aniversário de um jornal de província, o inefável nome de Deus em todas as línguas, a triste história do Juan, do João e do Manuel e ainda outras histórias verdadeiras contadas por uma avó ao seu neto que incluem a hora da catequese, videntes, profecias, adivinhações, fórmulas mágicas para quase tudo, o Rui da Mata, o Frei Toino e o João Lorde, a prima Ivone, o René, a senhora Marquinhas da Ajuda, o cow-boy Kelly, a sua namorada Laura, os Sioux, uma nave interestelar que transporta almas... e por aí fora até ao final, para tudo começar de novo.

domingo, 19 de abril de 2015

Morada, de Rui Pires Cabral

                    

 "Morada" recolhe, com emendas de maior ou menor importância, todos os livros de poesia que o autor publicou, à exceção dos volumes de poemas-colagens que apareceram nos anos mais recentes. Inclui ainda "Evasão e Remorso" — um conjunto que não teve edição em livro, se bem que a maioria dos poemas que o compõem tenha já surgido em publicações diversas — e uma secção final com alguns dispersos e inéditos..
Este livro inclui ainda alguns desenhos de Daniela Gomes e a capa parte de uma colagem de Martin Copertari.
DE QUE SERVIRIA

Aquilo que somos não é aparente,
não podemos explicar o sofrimento
de onde procede este amor.
Mas eu não vim para te dizer
como as sombras mistificam
o mundo: não me perguntes nada.
Tu já és a causa por detrás da máquina
dos dias, se eu for por essa terra fora
será para chamar por ti.
Convite

sábado, 11 de abril de 2015

CONVITE

O Presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Eng.º Rui Jorge Cordeiro Gonçalves dos Santos, tem o gosto de convidar V. Ex.ª e Exm.ª Família a assistir à apresentação do livro Quero dizer-te, amor, de José Braga-Amaral, pela Doutora Alina Vaz, da UTAD.


A sessão terá lugar no Auditório da Biblioteca Municipal Dr. Júlio Teixeira, no dia 16 de Abril de 2015, pelas 21h30.
                   

 «Da calma medieval de um Portugal profundo, foram desarraigados homens humildes. Ao engano, mandaram-nos para o terror da Flandres. A I Guerra Mundial haveria de mudar as suas vidas para sempre! A ferro e fogo, fustigados pelo frio, pela fome e pela doença, mas sobretudo pela metralha dos boches, viveram momentos únicos - terríveis - no abrigo, no hospital, no cativeiro e na trincha: Desprezados pela pátria, ingrata, que afinal amavam, estes soldados reclamam, justamente, preitos de admiração, de reconhecimento e de saudade! A Saga de um Combatente na I Guerra Mundial - De Chaves a Copenhaga, na singeleza das palavras de um homem do povo, pretende contar, em primeira mão, a história, nua e crua, do ignorado praça de pré António Pereira dos Santos, 1.º Cabo de Infantaria do BI N.º 19 de Chaves, feito prisioneiro dos alemães na Batalha de La Lys. Que esta obra se constitua numa homenagem merecida a todos os que tombaram no campo de batalha e aos que, heroicamente, conseguiram salvar-se!»
Neste primeiro centenário da Grande Guerra, os autores contam a história do praça-de-pré António Pereira dos Santos, o “avô António”, 1.º Cabo do Batalhão de Infantaria n.º 19 de Chaves, feito prisioneiro dos alemães na Batalha de La Lys. Este foi um dos combatentes que, há 100 anos, foram desarraigados e enviados para o terror da Flandres. A I Guerra Mundial haveria de mudar as suas vidas para sempre. A ferro e fogo, fustigados pelo frio, pela fome e pela doença, mas sobretudo pela metralha dos boches, viveram momentos únicos – terríveis − no abrigo, no hospital, no cativeiro e na trincha.
Gil Manuel Morgado dos Santos nasceu em Santa Leocádia, Chaves, a 19 de Maio de 1957. Frequentou o Seminário de Vila Real. Mais tarde ingressou na Escola do Magistério Primário de Chaves, tendo concluído o curso em 1980. Licenciou-se em Administração Pública na Universidade do Minho, em 1993, onde adquiriu o grau de Mestre, na mesma área, em 2003. Actualmente é professor de Economia e Contabilidade do quadro da Escola Secundária de Caldas das Taipas, em Guimarães.
Gil Filipe Calvão Santos nasceu em São José de São Lázaro, Braga, a 25 de Setembro de 1982. Ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 2000, tendo concluído a licenciatura em 2006. Frequentou o “Ano Comum” no Hospital de S. João, no Porto. Especializou-se em Oftalmologia em 2012. Actualmente trabalha no Hospital de Braga.