quinta-feira, 28 de abril de 2016

segunda-feira, 25 de abril de 2016

UM LIVRO EXCECIONAL DE UM ANTIGO COLEGA DE ESCOLA

                     Na Andadura do Tempo

Antigamente o tempo não se escoava, antes passava de mão em mão, como a Sagrada Família, de pai para filho e deste para o neto, sempre na mesma ampulheta de trabalhos na terra, de geadas para o lavrador se pôr a pau, de torreiras em Agosto a argamassar os regos secos, de romarias a horas como as badaladas das trindades. De modos que o tempo dos antigos era o mesmo dos novos e dos que ainda estavam para vir.
Mas a roda das estações electrificou-se e desatou a girar sem pausas nem esperas pelos mais atrasados. Nas águas dos ribeiros e no lavradio caíram químicos e plásticos, o grão foi enferrujando nas arcas e as giestas e estevas são mais que as mães por entre as fragas e os torrões. Aguilhoados pelo colorido falso do ecrã, os novos foram à vida para outras paragens e até os pinhos desertam lentamente do interior, enegrecidos, no bojo das camionetas, iludidos pelos fogos artificiais arribados na liberdade de Abril. Restam poucos, calvos e brancos.

“(…) há ainda grandes escritores da natureza, conhecedores das gentes e das fainas agrícolas, como Bento da Cruz, Francisco Duarte Mangas ou mesmo, especialmente em Nenhum Olhar, José Luís Peixoto. Vítor da Rocha enfileira, com talento, nessa pequena hoste. (…) Pessoalmente, fiquei preso à leitura do conto admirável que abre este livro: O Anjo e a Puta, uma história bem crua e no entanto puríssima sobre a vida dadivosa de uma prostituta de aldeia. (…)” 
Urbano Tavares Rodrigues, recensão para Fundação Calouste Gulbenkian
  
“(…) O mais inovador, porém, dos textos deste livro (e atrever-me-ia mesmo a compará-lo, em vantagem, com tudo o que tenho ultimamente lido neste enquadramento temático) intitula-se “Toninho, o Último Pinho”. É uma verdadeira obra de arte (…)”

Luísa Mellide Franco, jornal Expresso

quinta-feira, 21 de abril de 2016

         

Entre 1820 e 1930, o piano foi uma presença constante na vida quotidiana madeirense. A partir do primeiro quartel do século XIX, começou a definir-se no Funchal uma cultura musical em redor do piano, constituída por: saraus privados e concertos públicos, em que a prática musical com piano era o motivo de entretenimento principal; um ensino musical exigente, no qual a mulher ganhou gradualmente protagonismo; um repertório centrado na música para canto e piano, em danças e em peças de cariz brilhante ou virtuoso; e um comércio de importação de pianos, primeiramente de Inglaterra e, numa fase posterior, principalmente da Alemanha. A partir da década de 1930, a prática amadora ao piano entra em declínio, devido à forte concorrência de novas tecnologias tais como os gramofones, a telefonia e o cinema.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

                   
             Serviços Minimos


“Serviços mínimos”, um livro de poemas com um título prosaico. Como se, através do título, o poeta quisesse levar o peso da prosa dos dias à subtileza da poesia, construindo um inusitado diálogo entre o poema e o quotidiano da sociedade. Se, como dizia, num outro tempo, um outro poeta, “a canção é uma arma contra a burguesia”, a canção de Manhente é também uma arma, sim, mas uma arma contra o conformismo, desenterrando o óbvio e fazendo desse óbvio a fonte da recusa da desistência.
Opondo-se ao atualmente quase omnipresente egocentrismo do poeta, daquele que não sai do seu umbigo e à roda do seu umbigo faz girar toda a sua poesia, José Manhente faz-nos regressar a uma das grandes razões de ser da poesia, a de, através da arte poética, da construção do belo pela palavra, revolver a poeira que nos tapa o verdadeiro entendimento do mundo, a verdade escondida por detrás da tecnocracia ocidental, a verdade de que o ser humano pode e deve ser mais do que produtor e consumidor, mais do que escravo, ainda que pago em míseros tostões, que nunca se transformarão em milhões. “Serviços mínimos” é um livro que presta um máximo serviço ao leitor que recusa os mínimos que o capitalismo lhe atira, como restos do banquete. 
Editora Mosaico de Palavras


sexta-feira, 15 de abril de 2016

segunda-feira, 11 de abril de 2016




«Sabiam que durante séculos o Nordeste Transmontano foi o mais importante centro industrial sericícola de Portugal? Pensa-se que a criação do bicho-da-seda, nesta região, já existia no século XIII; foi, todavia, no século XV, que a sericultura e a decorrente produção têxtil começou a assumir maior importância; atingiu o seu apogeu no século XVIII, em consequência das medidas desenvolvimentistas do Período Pombalino, perdurando até finais do século XIX. Bragança foi o núcleo principal, mas outras localidades -- como Freixo de Espada à Cinta, Vinhais, Chacim, etc. -- benificiaram desta lucrativa indústria. Hoje em dia, persiste ainda alguma actividade sericícola artesanal, em Freixo de Espada à Cinta. Para mais informação sobre este assunto, desconhecido pela maior parte das pessoas, consultar a obra do Professor Fernando de Sousa (Universidade do Porto) intitulada "A Indústria da Seda em Trás-os-Montes Durante o Regime Antigo", bem como a obra do padre Francisco Manuel Alves (o famoso transmontano mais conhecido por ABADE DE BAÇAL) intitulada "Memórias Arqueológicas-Históricas do Distrito de Bragança").» [Manuel de Barroso]
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domingo, 10 de abril de 2016

  14/04/2016 
A DESCOLONIZAÇÃO DA GUINÉ-BISSAU E O MOVIMENTO DOS CAPITÃES, de Jorge Sales Golias 

LANÇAMENTO: Dia 14 de Abril de 2016 (5.ª feira), às 18h00, na Comissão Portuguesa de História Militar, em Lisboa. Apresentação – Coronel Aniceto Afonso 

CONVITE | Lançamento

A Comissão Portuguesa de História Militar e as Edições Colibri têm o prazer de convidar V.ª Ex.ª para a sessão de lançamento da obra

A descolonização da Guiné-Bissau e o Movimento dos Capitães

da autoria de Jorge Sales Golias

Prefácio do Coronel Carlos Matos Gomes

Apresentação – Coronel Aniceto Afonso

Sessão Presidida pelo General Alexandre Sousa Pinto (Presidente da CPHM)

Dia 14 de Abril de 2016 (5.ª feira), às 18h00
Comissão Portuguesa de História Militar
Palácio da Independência
Largo de S. Domingos, 11
Lisboa
 
                      

Sinopse:

«Com este livro procurei cumprir um objectivo que há muito tempo acalentava: o de reconstituir a economia da Madeira no período “das ditaduras” do século XX.  Razões objectivas, enunciadas no ponto como foi desenhado este livro, levaram-me a uma obra mais descritiva que analítica, contrariando o meu propósito inicial.  De qualquer modo, abordaram-se temas importantes como a polémica da cana sacarina, ou seja quem foram os beneficiados com a organização do sector e a tendência conseguida para que a acumulação de ganhos se processasse na família Hinton’s em detrimento dos outros agentes sobretudo os agricultores-produtores da cana-de-açúcar; as crises de dependência de abastecimento atingindo em certas circunstâncias, como no período das guerras, situações dramáticas de carência de bens alimentares e ainda o desenvolvimento do capitalismo agrário na Madeira, algo de muito específico, com caraterísticas evidenciadas, em termos de trabalhadores por conta de outrem, próximas do Alentejo e Ribatejo, regiões de latifúndio, quando, à primeira vista, a lógica era a Madeira próxima de zonas de minifúndio, como o Minho. Por outro lado, também se demonstrou que os governos e, em especial Salazar, nunca promoveram nem definiram uma estratégia de desenvolvimento integrado para a economia da Madeira.  De algum modo, esta falta de visão para o desenvolvimento continua até aos dias de hoje.»

quinta-feira, 7 de abril de 2016

                              
“Hoje, é uma evidencia a separação entre governados e governantes, as decisões politicas são tomadas por um grupo pequeno de pessoas e não por um número considerável de representados. Nem o argumento da eficácia pode justificar a pouca importância atribuída aos representados. É o envolvimento do maior número de pessoas no processo de decisão que sustenta a eficácia da decisão e não o contrário”

quarta-feira, 6 de abril de 2016

   "A paixão pelas aves, desde trás-os-montes"



Nuno Silva

Licenciado em Engenharia Multimédia, desde 2009, pelo Instituto Superior de Tecnologias Avançadas, empreendeu no ano seguinte à constituição do DESIGN LÓGICO, empresa ligada à construção de sites, bem como à criação de banco de imagens.
A sua paixão pela Natureza cresceu em 2012, envolvendo a participação em vários workshops relacionados com a fauna, a flora, e a biodiversidade, revelando desde então o gosto em fotografar a natureza em geral, e as aves em particular!
Deambulando por diferentes pontos de Portugal, na procura em fotografar diferentes e novas espécies, este fotógrafo viu o seu trabalho reconhecido pela RTP e pelo Jornal de Noticias, o que levou estes Órgãos de Comunicação Social a realizar várias peças jornalísticas sobre a PAIXÃO PELAS AVES, patenteada por este fotógrafo.
Em Abril de 2015, editou em parceria com a Quercus, o seu primeiro livro de fotografias: “A Paixão pelas Aves, desde Trás-os-Montes”.

terça-feira, 5 de abril de 2016

“Histórias e Memórias”

 
«Depois de “Gastronomia do Marão” (2003) e “Contos e Ditos do Marão” (2003), Armando Miro dá à estampa o seu terceiro livro: chama-se “Histórias e Memórias”.

Ex-jornalista, ex-autarca, ex-Presidente da Região de Turismo da Serra do Marão, Armando Augusto Borges da Conceição, de seu nome próprio, conta, neste novo livro, histórias com que se cruzou ao longo da vida, feitas de encontros, descobertas ou inspiradas em nomes grandes da literatura portuguesa com quem conviveu, como Miguel Torga.

“Histórias e Memórias” é um livro de contos que apela às memórias do autor, com gravuras fruto de outros devaneios que lhe preenchem os ócios e enriquecem a vida. Lá dentro, as histórias, reais ou ficcionadas, pois as que aconteceram nas nossas terras merecem o respeito e anonimato dos protagonistas.»

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real