
Este quase romance, como o próprio narrador,
quase no seu final, acaba por confessar, é um pouco sobre si mesmo; o
ouvido e pesquisado, da vida dos seus pais, avós e bisavós; mas contendo
ainda a perspetiva de um olhar, construído com algum estudo e reflexão,
sobre as vicissitudes maiores por que haviam passado ao longo do último
século e meio a sua Quinta e o próprio Alto Douro. Vinhedos e
Território por si tão amados e sempre enaltecidos.
Com o epicentro da ação em Santa Marta de Penaguião, o palco
estende-se, inevitavelmente, a toda a região e à própria cidade do
Porto. Ficcionando com a quinta, e com os seus sucessivos proprietários e
as suas vivências pessoais. Trazendo a história à liça, sempre que a
propósito, com um só objetivo, em que autor e leitores podem
perfeitamente irmanar-se, seguindo a feliz sugestão de Manuel Mendes: «E
o Douro merece toda a nossa querença, com quanto esta palavra encerra
ao mesmo tempo querer de vontade e querer de amor.»
Artur João
Lourenço Vaz nasceu a 5 de Março de 1949, na aldeia de Pinelo, concelho
de Vimioso, distrito de Bragança. Casado e pai de dois filhos, tem
vivido sobretudo pelo Alto Douro (Santa Marta de Penaguião e Vila Real).
Alferes miliciano em Angola, de Junho de 1972 a Agosto de 1974.
Licenciado em História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto,
exerceu como Professor do Ensino Preparatório durante dez anos, tendo
sido também Orientador Pedagógico, durante quatro.
Em Dezembro de
1985 é eleito Presidente da Câmara Municipal de Santa Marta de
Penaguião, mandato que, reeleito duas vezes, assegurou até 1995.
Fundador e Presidente do Conselho de Administração da Associação de
Municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro, nos anos de 1993 a 1995.
Nomeado Governador Civil do Distrito de Vila Real, em 18 de Novembro de
1995, cumpriu essas funções até 30 de Abril de 2002.
Nos últimos
anos tem-se dedicado à atividade privada, participando na gestão de uma
pequena empresa de inspeção e consultadoria na área do gás, em Vila
Real.
320 pp., 2014, Colec., Fixões,
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