![Foto: “Contas que a minha mãe me contava...” de Antonio Cangueiro, ilustrações de Sara Cangueiro
Esta obra regista um conjunto de contos e orações que António Cangueiro ouvia da mãe, Maria Joaquina Garcia, na infância, preservando o património oral da família e da comunidade. De origens humildes, o autor, pais e irmãos viviam com poucos recursos, numa casa pequena, «mas morava lá muito riso e alegria. Cantava-se e contavam-se muitas histórias.» São essas recordações, esse património imaterial, que o autor reúne neste livro: «Tantas vezes me estribei nestas histórias para viajar na minha imaginação... Viajei no mar que nunca tinha visto e que mais tarde experimentei de profissão, marinheiro fui, e senti o furor das suas ondas. História onde apurei os sentidos para a humanização ou malvadez da condição humana. […] Rezar era conversar com quem te suavizava as agruras da vida e Deus acalmava os teus medos e tuas ansiedades. As trovoadas amedrontavam-te e logo ouvido o primeiro trovão ou visto o primeiro relistro, a candeia do azeite acendias, o postigo quase cerravas para a luz não entrar com tanta vontade, ajoelhavas-te e começavas a rezar: “Santa Bárbara Bendita que no céu está escrita…”»
António Cangueiro nasceu a 30 Abril de1957, na freguesia de Bemposta, concelho de Mogadouro, onde viveu até aos 21 anos.
Em 1978 é incorporado na Marinha de Guerra Portuguesa. Cumpre o serviço militar obrigatório de 2 anos na especialidade de comunicações. Em 1981, após frequentar o Curso Complementar de Comunicações, ingressa nos Quadros Permanentes da Marinha. Prestou serviço em várias unidades em terra e navais. Mantém-se ao serviço até 2003.
Em 2005, licenciou-se em Controlo Financeiro pelo ISCAL – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa.
Traduziu, em colaboração, da língua mirandesa para português, a obra poética de Fracisco Niebro “Ars Vivendi Ars Moriendi” e, de português para mirandês, o álbum de banda desenhada de José Ruy “João de Deus – A Magia das Letras”.
Maria Joaquina Garcia, doméstica, nasceu a 4 de Março de 1925, na freguesia de Bemposta, concelho de Mogadouro, filha de Carlos Garcia e Teresa Benito Montes.
Casou a 14 de Setembro de 1946 com José Cangueiro, sapateiro.
Tiveram três filhos, Francisco, António e Emília.
Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... | Traga-Mundos – lhibros i binos, cousas i lhoisas de l Douro an Bila Rial...](https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xfp1/t1.0-9/p350x350/10501600_790141857684341_8321161535959203901_n.jpg)
Esta obra regista um conjunto de contos e
orações que António Cangueiro ouvia da mãe, Maria Joaquina Garcia, na
infância, preservando o património oral da família e da comunidade. De
origens humildes, o autor, pais e irmãos viviam com poucos recursos,
numa casa pequena, «mas morava lá muito riso e alegria. Cantava-se e
contavam-se muitas histórias.» São essas recordações, esse património
imaterial, que o autor reúne neste livro: «Tantas vezes me estribei
nestas histórias para viajar na minha imaginação... Viajei no mar que
nunca tinha visto e que mais tarde experimentei de profissão, marinheiro
fui, e senti o furor das suas ondas. História onde apurei os sentidos
para a humanização ou malvadez da condição humana. […] Rezar era
conversar com quem te suavizava as agruras da vida e Deus acalmava os
teus medos e tuas ansiedades. As trovoadas amedrontavam-te e logo ouvido
o primeiro trovão ou visto o primeiro relistro, a candeia do azeite
acendias, o postigo quase cerravas para a luz não entrar com tanta
vontade, ajoelhavas-te e começavas a rezar: “Santa Bárbara Bendita que
no céu está escrita…”»
Sem comentários:
Enviar um comentário