terça-feira, 18 de outubro de 2016

           


«A bacia do rio forma parte da rede de afluentes durienses portugueses perpendiculares ao Douro. Os efeitos ambientais desta disposição dos cursos fluviais tributários do Douro são notórios, gerando a intrincada variabilidade climática própria da região duriense em Portugal. Inserido nesta rede natural de vales, o do Corgo é especialmente interessante pois junta dois caracteres geomorfológicos determinantes na geração de variabilidade ambiental: intervalos altitudinais muito alargados, por um lado e largura da bacia, pelo outro. Do lado oeste, a bacia do rio Corgo possui uma das barreiras montanhosas mais elevadas de Portugal, a cadeia Alvão-Marão, com intervalos altitudinais próximos aos 1400 m entre o ponto mais baixo e o mais alto deste vale. Juntamente com esta exuberante parede lateral, a bacia corguense é uma das bacias auxiliares do Douro mais estreitas, pois a largura máxima que esta chega a alcançar é pouco superior aos 20 Km. 

Com estas condicionantes naturais, acompanhadas de um igualmente complexo sistema de controlo termopluviométrico resultante da proximidade deste vale ao mar, o vale do rio Corgo é sem qualquer dúvida um dos tesouros naturais que faz do Douro português um universo de vida por descobrir. O Jardim Botânico da UTAD, com a colaboração da Câmara Municipal de Vila Real, pretende com este guia de campo contribuir para dar a conhecer a importância biológica, neste caso florística, contida nesta singular sub-região duriense. 

Este é um manual dirigido para o excursionista e amante da natureza. De modo gráfico, o manual mostrará como diferenciar os principais habitats que surgem nesta paisagem, como identificar a sua riqueza florística e como percorrer este pequeno grandioso vale duriense.»




Sem comentários:

Enviar um comentário