sexta-feira, 25 de dezembro de 2015



O Menino dorme
O Menino já nasceu,
Deixai-o estar sossegado
Na sua caminha de oiro
Com a mãe e o pai ao lado!
Vai-te embora rouxinol
P’ra longe desse loureiro,
Deixa dormir o Menino
Que está no sono primeiro!
Tu também, ó cotovia,
Já são horas de parar!
Se não paras, o Menino
Não tarda, vai acordar!
E tu, ó melro atrevido,
Que te escondes no silvado,
Vem só cantar ao Menino
Quando estiver acordado!
O Menino dorme, dorme,
Num sono belo e profundo...
Quando mais logo acordar
Vai sabê-lo todo o mundo!
(ap)
in «Histórias de Natal Contadas em Verso», Lisboa, Âncora Editora, 3ª ed. 2008
O livro:
http://www.wook.pt/…/historias-de-natal-contada…/a/id/225798

domingo, 20 de dezembro de 2015



Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... 

sábado, 19 de dezembro de 2015

Lançamento da obra "POEMAS OCULTOS",de António Melo
Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2016 às 21:00
Auditório da Universidade Fernando Pessoa em Ponte de Lima Casa da Garrida, Rua Conde de Bertiandos, Ponte de Lima.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

             

Sinopse:
Os Estados Unidos da América constituem uma nação multicultural, onde convivem os mais variados grupos étnicos: ameríndios, negros, euro-americanos, etc. A literatura aborda este universo, refletindo acerca de fenómenos como a identidade, o racismo ou a assimilação. Nesta obra, João de Mancelos estuda doze contos, da autoria de Toni Cade Bambara, Maxine Hong Kingston, Rudolfo Anaya, Sandra Cisneros, Sherman Alexie, Katherine Vaz, entre outros. Tais narrativas são analisadas num estilo vivo e acessível, proporcionando ao leitor uma introdução cativante às letras e à sociedade estadunidense.

http://www.edi-colibri.pt/Lista.aspx?AutorID=1114


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

               
                   
Neste prefácio dou minha bênção e expresso o meu apoio ao trabalho do historiador e Professor César Santos Silva. Todos os interessados em aprofundar os seus conhecimentos sobre o passado e o presente dos judeus e do Judaísmo no Porto, leigos e eruditos, podem satisfazer o seu interesse com o conteúdo deste livro, onde não encontrarão fantasias fáceis que vendem livros e enganam turistas desavisados, mas não respeitam a verdade, nem a história, nem a lei judaica. Desde que ele teve a ideia de escrever esta obra, César Santos Silva fez todo o possível para que fosse publicado de maneira a que se respeite a verdade história e, ao mesmo tempo, que tudo o que foi escrito no livro esteja correcto do ponto de vista religioso, que as palavras transcritas do hebreu estejam bem grafadas e que todos os conceitos se encontrem correctamente aplicados. 

Em todos os seus passos foi cuidadoso, aconselhando-se com a Comunidade e o seu Comité Religioso para ser capaz de perceber um pouco do judaísmo e não escrever barbaridades, como acontece com quem não é humilde. Procurou esclarecimentos junto dos judeus anciãos da cidade, como Eliezer Beigel, que é quem sabe melhor do que ninguém sobre o que foi a comunidade judaica do Porto nos últimos 80 anos. Este livro torna-se, sem dúvida, uma fonte imprescindível de conhecimento para a pessoa interessada em conhecer a história do Judaísmo no Porto e a comunidade judaica local. A história dos judeus da cidade liga-se inseparavelmente com a história da cidade durante séculos, até que o Édito de Expulsão do rei D. Manuel levou a que, durante um grande período, o judaísmo oficial não existisse na cidade e os vestígios dos judeus fossem desaparecendo gradualmente, enquanto o judaísmo oficial não pôde ser praticado, o que se passou durante séculos, mas mesmo assim, durante esse longo período, a prática do cripto-judaismo permaneceu em muitas casas até que, no início do século passado, com o surgimento dos judeus ashkenazis e a com a força do Capitão Barros Basto, foi formada a Comunidade Judaica do Porto. 

Recentemente a Comunidade abriu as suas portas para a população em geral, contando a sua história, mostrando os seus objectos históricos que estão no museu da Sinagoga e divulgando igualmente a moral universal do judaísmo, através da divulgação das 7 leis de Noé, que é uma base moral para toda a humanidade. Uma destas estas leis refere-se a uma ideia de Justiça e parece-nos que o desejo de a fazer em relação ao povo judeu e à sua história em Portugal incentivou César Santos Silva a escrever o seu livro.

Rabino Daniel Litvak
                      

Uma escrita vigorosa e surpreendente. Uma boa compra de Natal.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

        
A Lema d'Origem, Editora, estreia-se na BD com a obra «Natal dos Caretos», de António Pinelo Tiza (texto) e José da Fonte (desenhos).

domingo, 6 de dezembro de 2015

          

«Quando folheei este livro fiquei na dúvida de como classificá-lo. Não sabia se era um dicionário ou um léxico, se um livro especializado em produtos como a azeitona e o azeite. Ao segundo ataque percebi que era tudo aquilo e muito mais. É uma enciclopédia do mundo do olival, com referências longas a toda a cultura que envolve as actividades de um olival até um lagar, em especial em Trás-os-Montes e Alto Douro.

Não me surpreendeu a categoria das informações aí contidas pelo conhecimento do seu autor, e dos livros que anteriormente publicou. O conteúdo do livro, com ordenação dos termos por ordem alfabética, percorre terrenos vastíssimos. Desde a tradição oral, costumes associados, autores, linguagem técnica, questões culturais e perspectivas antropológicas. O autor revela-nos um conjunto encantador de respostas aos mais variados temas das actividades e culturas relacionadas com os olivais e os lagares, designadamente aos produtos mais evidentes que é a azeitona e o azeite. E também a saúde, e os cuidados estéticos, através daqueles produtos.
No livro encontramos, por exemplo, Ressaca – “Nunca beba de estômago vazio”. Assim: beber uma colher de sopa de azeite antes de iniciar a beber. Pelos vistos, o azeite forma uma capa protectora da mucosa do esófago e do estômago, que diminui tanto a absorção como a agressão do álcool nestes tecidos. Mas isto é apenas uma citação. No livro encontrará também a receita do Bolo podre, e outras receitas com azeite, bem como nomes da cultura internacional que escreveram sobre a matéria.

Curioso é o texto do termo História que apresenta uma resenha cronológica do conhecimento da oliveira e azeite desde os primórdios da civilização até ao ano 2000.

Obrigatório em todas as bibliotecas de quem lida com estas coisas de arte milenar.» Vergílio Nogueiro Gomes

Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real... |

“A Noite Em Que A Noite Ardeu” de A.M. Pires Cabral

                             
Epígrafe

Se algum dia alguém chegar a ler
este dia agreste,
provavelmente pensará: que pálida lanterna;
não é deste metal que a luz é feita.

Calma. Pois não.

Mas quem assiduamente
visita os desvãos onde a noite se acoita
não precisa de mais que o clarão desta treva,
desta cegueira sem cão e sem bengala,
para no escuro rasgar o seu caminho
e nela ir progredindo às arrecuas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

                                        

Sinopse:

Em Quem foi Quem? – 200 Algarvios do Séc. XX, Glória Marreiros, através de duas centenas de pequenas biografias, leva-nos a viajar pelo Algarve dos últimos 100 anos. Nesta obra encontramos personalidades das maiores da vida política e social e também das artes e das letras, a par de figuras mais modestas, que no entanto deram valioso contributo à história local ou concorreram para o seu progresso nalgum ramo da ciência, da economia, do desporto.

Detalhes:

Ano: 2000
Capa: capa dura
Tipo: Livro
N. páginas: 510
Formato: 23x16
Edições Colibri
20,95 € 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

         

Que é feito do Pastor João? é uma Novela histórica cuja acção decorre em 1941 em terras de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo, baseada em factos verídicos.

«Não, não! Nunca mais soubemos nada dele. Nadinha! Também, sem família nem ninguém mais chegado a ele, quem é que se ia importar mais com o que lhe aconteceu? Cá na aldeia, nos primeiros dias ainda se foi falando no assunto mas passado pouco tempo já ninguém se lembrava mais disso. Se a gente fosse andar sempre a falar do que se passa!... A vida continua, não é? Mas olhe bem para o que lhe digo: o pastor João meteu-se nalguma! De certeza! Então ia lá desaparecer assim sem mais nem menos, sem motivo nenhum?! De um dia para o outro, zás!, desaparecia sem deixar rastro! Nah! Não me fio! Pode escrever aí: meteu-se nalguma alhada! Sabe: puseram para aí a correr que ele terá caído nalguma fraga e que a bicharada já lhe terá comido a carne! Nah! Eu cá não acredito: conhecedor como ele era daquelas canadas e ladeiras havia lá fraga que o atraiçoasse! Sim, sim, bem sei que tem para lá uns poços do inferno, mas ele era listo e nessas não se metia. Isto é o que se dizia, fique vossemecê a saber. Mas deixe que lhe pergunte: vai mesmo escrever um livro sobre a vida do pastor João?! Não sei o que é que tem de contar mas vossemecê é que sabe!...» 


domingo, 29 de novembro de 2015




A alma da gaita-de-foles mirandesa reúne, num só livro, todo o processo de construção, manutenção e informação da palheta, e do palhão, artefactos nobres que dão vida e beleza à gaita-de-foles.

Esta obra resulta das vivências do autor, através do contacto com a gaita-de-foles, da sua enorme paixão por este instrumento, do conhecimento adquirido com os antigos gaiteiros (Planalto Mirandês, Minho, Estremadura, Castela e Leão, e Galiza), e, em grande parte, da procura incessante de novos conhecimentos para apurar a técnica da feitura daquilo que nos faz identificar o inigualável som da gaita-de-foles.

Com este livro, o autor pretende manter viva a memória do presente, para serventia do futuro, deste instrumento secular, tão actual e apreciado nos nossos dias.

«Um artesão mirandês é o único construtor de palhetas e "palhões" no país destinadas em "exclusivo" às gaitas-de-foles de origem peninsular e pretende preservar este legado ancestral que considera a "alma do instrumento".
Henrique Fernandes disse à agência Lusa que no início a construção de palhetas para gaita-de-foles era um passatempo. Mas depressa se transformou num desafio, acrescentou.

"Actualmente, dedico-me com mais afinco ao estudo e fabrico destes artefactos musicais e, para o efeito, recorro ao conhecimento de velhos gaiteiros do Planalto Mirandês, Minho, Estremadura e, claro, da vizinha Espanha, já que a procura é constante por parte dos músicos", explicou o também gaiteiro.

Longe vão os tempos em que os gaiteiros tradicionais utilizavam cana cortada junto aos cursos de água da região e procuravam pequenos tubos de metal para construirem as suas próprias palhetas e "palhões". "Agora, o processo requer estudo e novos materiais elaborados com rigor", frisou.

O também gaiteiro quer mostrar todo o processo de construção das peças únicas, que são fabricadas numa pequena oficina situada em Sendim, no concelho de Miranda do Douro, distrito de Bragança.

"Uma boa palheta é fundamental para se conseguir um som mais genuíno. Por esse motivo, é preciso escolher os materiais e aplicar técnicas que permitam respeitar a tradição e integridade do instrumento", destacou.

Por semana, o artesão chega a construir algumas dezenas de palhetas. Porém, a sua procura é crescente e o "stock" depressa se esgota, tudo porque os instrumentistas aparecem um pouco de todo o país e da vizinha Espanha.

"A palheta vai-se degradando com o tempo e, por isso, cada tocador tem obrigatoriamente de ter as suas reservas", observou o artesão e instrumentista.No entanto, com o processo de padronização da gaita de fole na região da "Terra de Miranda" e o consequente número crescente de tocadores levam a uma maior procura de materiais nobres para o fabrico dos instrumentos.

Neste sentido, Henrique Fernandes apresenta, no sábado, no discurso do Festival Intercéltico de Sendim, o primeiro livro dedicado ao processo de fabrico destas peculiares peças sob o título "A Alma da Gaita-de-Foles Mirandesa - Palhetas e Palhões".

"A alma da gaita-de-foles mirandesa é o deixar presente e registado todo o processo para construção, manutenção e informação da palheta e do "palhão", "artefactos nobres" e os quais dão vida e beleza à gaita-de-foles", enfatizou o autor.

O instrumentista e artesão, concluiu afirmando, que a gaita-de-foles existe há muitos anos e está para durar e ficar, acrescentando que o livro será um contributo para "a memória do presente e para serventia do futuro".» Público, 31.07.2015

Henrique (Gaiteiro) Jesus Fernandes. Sendim, Miranda do Douro; Vila Real. Nascido a 19/7/1970. Militar, construtor, músico.

Bisneto e neto (António Augusto Fernandes) de gaiteiros, e também com a paixão pelos pauliteiros, com cerca de 14 anos em todo o lado lhe chamavam gaiteiro.
Começa com a flauta, o mais semelhante, aos 19 começa a tocar em “experiências escondidas”… Compra a 1ª gaita ao Ti Ângelo Arribas pelos 25, e vai treinando e gravando os gaiteiros que havia; através dessas recolhas e método de estudo, vai-se aperfeiçoando. Vai a Urrós, na senda da família de gaiteiros, e encontra José Maria Fernandes, primo segundo, e aprende com ele a calibragem/afinação do palhão e palheta e a técnica de digitação da gaita, transmitidas pelo pai desse. A necessidade, pela falta marcada e sentida de palheteiros, fá-lo aprender com ele e Manuel Paulo Martins a técnica de construção, que começa com 24-25 anos. 
O grande salto foi a padronização da gaita mirandesa (cerca de 2007), que reforça a necessidade da existência de um palheteiro, instado por Célio Pires. Inicia o desenvolvimento da palheta à actual ponteira (escala cromática “perfeita” em M e m), que vem mantendo.
Com o sentido de saber mais sobre teoria musical e de instrumento, faz formação académica: curso de flauta transversal (o que mais se adequava ao estudo da gaita), no Conservatório de Vila Real, de que conclui o 5º grau, o que ajudou muito no aperfeiçoamento da construção da palheta e da digitação das várias escalas, uma formação de construção de palhetas para fagote e outra para oboé, um workshop de construção de palhetas em Santiago de Compostela e um curso intensivo de construção de palhetas em Madrid.
É o único palheteiro para gaitas de fole existente no país. Em Espanha, onde aprendeu, haverá uns 10, se tanto… 

Materiais usados: cana da ribeira tratada, tubo de latão cortado à medida e trabalhado, fio de nylon. Trabalho manual. Oficina ambulante.

Formou um trio tradicional (gaita, caixa e bombo), os Lenga Lenga, que é acrescentado depois de vozes femininas e posteriormente passa a quarteto instrumental e vocal, para os espetáculos em palco. Editam 2 CD’s (Gaiteiros de Sendim e L Teçtemunho). Toca flauta transversal e pastoril, gaita de fole, e ainda, concertina, viola e piano.
É professor de gaita de fole. Gostaria de transmitir a arte de palheteiro.» [blogue Arquivo de Memórias]

sábado, 28 de novembro de 2015

Dos autores Adelino Cardoso e Palmira Costa





                                            
   

Os Colóquios de Garcia de Orta são uma obra de diálogo entre Oriente e Ocidente, no qual se confrontam representações e práticas no plano da ciência médica e da arte de curar, mas também no domínio dos costumes e tradições locais. A ênfase colocada nas plantas medicinais é certamente motivada pelo facto de elas serem a principal fonte de mezinhas em todas as culturas tradicionais, bem como na medicina erudita da Europa no período dos descobrimentos. A forma do diálogo, adoptada pelo autor, é a que melhor se ajusta ao confronto de perspectivas e ao cruzamento de olhares que dão vida à narrativa.

O volume Botânica, Medicina e Cultura, nos Colóquios de Garcia de Orta, reúne contributos inovadores sobre algumas das múltiplas facetas da obra de Garcia d'Orta no quadro de um mundo em que a pertença a uma mesma humanidade é solidária do reconhecimento de múltiplas formas culturais.
 
Adelino Cardoso, investigador e tradutor, é autor de numerosas publicações, entre as quais: Fulgurações do eu (2002) e Vida e percepção de si (2008); traduziu os Novos Ensaios sobre o entendimento humano de Leibniz e as Meditações cristãs e metafísicas de Malebranche. 
 Palmira Fontes da Costa é docente na Universidade Nova de Lisboa (FCT) e historiadora da ciência e da medicina (CIHFCT). É autora do livro The Singular and the Making of Knowledge at the Royal Society of London in the Eighteenth Century (Cambridge Scholars Publishing, 2009) e editou, entre várias outras obras, Medicine, Trade and Empire: Garcia de Orta’s Colloquies on the Simples and Drugs of India in Context (Ashgate, 2015).

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

                        
Sinopse: «Desta forma, estas tão oportunas Memórias da Cozinha Transmontana, que retratam créditos individuais e colectivos – dos aspectos mais humildes às actividades mais ricas e ignoradas, da celebração romeira à rotina do quotidiano, do caldo de lentilhas (da mãe) Domitília aos comeres dos dias de feira nas tabernas da sua Terra ou da perdiz de escabeche à Mariazinha aos caldos ripados dos hábitos do povo cigano – são, acrescidamente, repositórios de adulação ao gozo da mesa e o princípio de grandes sentimentos. Prazeres de agrado e a promessa do futuro que queremos.
[...]

Que este livro de manifestas memórias, que é – também – um acto de Amor, seja, então, mais um dos elogios à vida como exercício de arte e prazer e – elevadamente – o gozo cultural em querer apreciar todos os atractivos que a Natureza Transmontana nos pode oferecer. [Brindo: ao mito dos saberes e sabores das cozinhas identitárias de um território!]»
António Manuel Monteiro,in Prefácio

 Maria Adozinda Marcelino nasceu em Izeda, Bragança, a 23 de Junho de 1955. Oriunda de uma família de agricultores, foi criada no mais puro contacto com os produtos da terra, seus sabores e cheiros, pelos quais cedo se apaixonou, transformando-os em puros manjares com o saber fazer que foi aprendendo ao longo da vida. Possuindo um apurado sentido para as artes da cozinha, capaz de transformar um simples guisado de “sanchas” num manjar digno dos deuses, partilha nesta obra as suas memórias de infância da Gastronomia Transmontana.
 
Acúrcio de Jesus Martins nasceu em Izeda, Bragança, a 29 de Janeiro de 1955.
Andarilho das sete partidas do mundo, emigrou pela primeira vez aos catorze anos,  regressando várias vezes ao torrão natal, emigrando de novo outras tantas. Entre partidas e regressos, pelos sítios por onde andou esteve sempre ligado aos prazeres da mesa. Dotado de um espírito de descoberta dos paladares mais diversos, razão que o levou a transpor para o papel as memórias dos sabores da Cozinha Transmontana da sua criação, deixa neste livro o seu contributo para a manutenção das tradições gastronómicas da sua região.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Memórias da Cozinha Transmontana





Um "cheirinho" a "Memórias da Cozinha Transmontana", de Adozinda Marcelino e Acúrcio Martins.
Lançamento amanhã, dia 26, às 18:30 horas, na Livraria Ferin, Lisboa.

                  

«Em Colva, pequenas coisas podem merecer grandes conversas; mas raramente grandes coisas merecem pequenas conversas.
Às sete horas o falcão suspende-se sobre as ondas vigiando os peixes. Michael Fernandes debruça-se sobre a varanda do seu restaurante de madeira sonhando com viagens até Lisboa. Tudo parece estar certo e no seu lugar. Mas, a sua obsessão vai mudar o pequeno e sossegado mundo onde faz tanto calor que cheira a suor de porco e os ovos cozem ainda dentro das galinhas. Certa manhã, os corvos acordaram brancos, um cavalo bêbado adormeceu sobre Duhla, o pescador, e uma sombra cor-de-laranja-tigre espalhou-se pelo redor.
Colva é Colva: e tudo pode acontecer em Colva.»

in "Uma Sombra Laranja-Tigre", de Afonso de Melo

Lançamento no próximo dia 27, pelas 18:30 horas, noRestaurante Calcutá, Lisboa.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O POBRE, O BURRO E O CENTEIO,de António Guilherme Machado - Editora Lema d´0rigem

                                           
Ainda nas décadas de 50 e 60 do século XX, o estatuto desta tríada era, sensivelmente, o que atrás se descreve. A evolução da sociedade em todas as vertentes, social, económica e cultural, obrigou a uma profunda alteração dos padrões de vida, geralmente no bom sentido.
Sem que nada fizesse para isso, o pobre, o burro e o centeio viram, apesar das vicissitudes que quase levaram à extinção do burro, os seus estatutos profundamente alterados, passando de párias à condição de excelência.
É certo que, lá no fundo, essa evolução civilizacional nada mais fez do que permitir, no caso do burro e do centeio, trazer ao de cima, realçar, as reais qualidades e potencialidades geneticamente existentes em qualquer um deles, colocando-os num patamar condizente com o seu real valor.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

                           

Sinopse:

A divulgação de um artista plástico com a dimensão criativa do pintor Luís Dourdil - como gostava de ser evocado - cumpre na cidade vários objetivos: uns de teor patrimonial, que se articulam no âmbito da conservação e restauro, como é o caso da pintura mural do Café Império; outros que viabilizam a divulgação da arte e do seu criador, em tantos eventos que têm vindo a promover a revisitação do homem e da sua obra, trazendo a público e à reflexão inúmeras temáticas, por exemplo em contexto de tertúlia; e ainda outros que se dinamizam na revitalização da memória estética, também concretizada na relação espacial com o edificado, como é de referir os vários momentos de exibição do desenho, da pintura e da pintura mural. Estas comemorações e todas as iniciativas colaboram neste fim, interpelando a urbe em muitos e diversos lugares, convocando tão plurais participações, quanto criteriosas abordagens, reunindo à volta do nascimento do pintor Luís Dourdil – um belíssimo pretexto – para o reconhecimento do mérito. Tanto na obra pública ou do domínio público, como na obra que se diversifica pelas coleções particulares e institucionais - de natureza pública e privada - quer ainda na que nos deixou como artista gráfico de uma grande empresa farmacêutica, Luís Dourdil contribuiu indubitavelmente para o espólio criativo no panorama nacional e para a imagética da cidade. Evocá-lo pela diversidade de propostas é somente uma forma de Lisboa o homenagear, expandindo para as gerações futuras o que herdámos no presente, por altura do seu nascimento e agora cem anos depois. [Catarina Vaz Pinto, Vereadora da Cultura da C. M. de Lisboa]

Índice:

Catálogo Comemorativo do Centenário do Nascimento do Pintor Luís Dourdil – 2014 | 2015

Detalhes:

Ano: 2015
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 64
10,00 € 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

“Portugal: Wine & Lifestyle” de António Homem Cardoso e Margarida de Magalhães Ramalho

              


Portugal : Wine & Lifestyle é uma publicação exemplar, onde um novo conceito de lifestyle se liga ao que de melhor existe em Portugal no vinho como na hotelaria. Ao longo da obra, o leitor viajará de Norte a Sul, reconhecendo o espírito do enoturismo de excepção: hotel, restaurante, spa e paisagens deslumbrantes completam-se entre si para oferecer experiências únicas. 

António Homem Cardoso, é fotógrafo profissional, com mais de 40 anos de carreira, tendo uma actividade reconhecida na publicidade, na moda e na edição, tanto nacional como internacional. Foi convidado pela Fujifilm para ser seu Embaixador em Portugal. É autor de mais de uma centena de livros publicados, de fotografias oficiais de muitos “Primeiros”, de Chefes de Estado e de personalidades do Mundo.

Margarida de Magalhães Ramalho, a autora, é licenciada em História de Arte. Entre 1987 e 2005 dirigiu as escavações arqueológicas na Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, em Cascais. Entre 1993 e 1998 pertenceu aos quadros da EXPO’98 onde comissariou algumas exposições. Como freelancer continuou a comissariar exposições sendo também co-autora do Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Jogo sobre contrabando - apresentação em Mogadouro

                                Da autoria de Hugo Morango, será amanhã apresentado em Mogadouro este curioso jogo sobre o contrabando. O evento terá lugar às 14h30, na Casa da Cultura de Mogadouro (Centro de Convívio).


                                    
 

O QUE É UMA REVOLUÇÃO - Teoria, História, Historiografia
Lançamento do livro dia 25 de Novembro às 18:00 na UFF, RJ

SINOPSE
“O terreno das transformações históricas é sempre um campo de disputas que estão, por um longo período, mais ou menos dissimuladas, até que explodem de maneira vulcânica. As placas tectónicas da vida económica e social estão ocultas sob o edifício de uma ordem política que parece estável, mas movem-se. Estes deslocamentos ora permitem o sucesso de reformas, pela via de conquistas/concessões, ora impõem o recurso à mobilização revolucionária. Enganam-se aqueles que, inspirados por interesses ocultos, ou motivados por teorias paranóicas, denunciam as revoluções como responsáveis pela contra-revolução, quando o que a história ensina é o contrário.”

OS AUTORES:
Raquel Varela, 37 anos, é historiadora, investigadora do Instituto da História Contemporânea (UNL), onde coordena o Grupo de História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais e investigadora do Instituto Internacional de História Social (Amesterdão). É doutora em História Política e Institucional (ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa). É autora, entre outros, de História do Povo na Revolução Portuguesa 1974- 1975 (Bertrand, 2014), História do PCP na Revolução dos Cravos (Bertrand, 2011) e coordenadora de Revolução ou Transição? História e memória da Revolução dos Cravos (Bertrand, 2012).

Valério Arcary, 59 anos, professor titular do IFSP (Instituto Federal de São Paulo, 1988), é doutor em História Social pela USP (2000) e autor dos livros As Esquinas Perigosas da História (Xamã, 2004), Um Reformismo Quase sem Reformas (Sundermann, 2012), e O Encontro da Revolução com a História (Xamã, Sundermann, 2009). É autor de dezenas de artigos académicos e de divulgação científica sobre revoluções e marxismo.
Felipe Abranches Demier é doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e professor adjunto do Departamento de Política Social (DPS) da Faculdade de Serviço social (FSS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Autor de O Longo Bonapartismo Brasileiro (1930-1964): um ensaio de interpretação histórica.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Diego Moraes lança livro em São Paulo

                                      
O coletivo paulistano Corsário-Satã lança o segundo título de seu catálogo: Eu já fui aquele cara que comprava vinte fichas e falava ‘Eu te amo’ no orelhão, do escritor amazonense Diego Moraes. O primeiro, Nominata Morfina, de Fabiano Calixto, que estava esgotado, recentemente ganhou reimpressão. Ambos os autores estarão na Balada Literária, numa conversa com o poeta Bruno Brum, no dia 20 de novembro, em São Paulo, para marcar o lançamento do novo volume.
Quarto livro de Moraes, este poemário é composto por 234 peças epigramáticas, começando por frases soltas, hiperconcentradas, que vão ganhando corpo na medida em que as páginas avançam, terminando em peças líricas e poemas em prosa. O estado financeiro crítico da poesia é uma constante no livro de Diego Moraes, sem com isso se transformar em lamento. Ao contrário, há uma espécie de celebração constante das pequenas vitórias, da sobrevivência diária que, de algum modo, contorna a pecúnia artística sem financiamentos ou jabás.
Ao mesmo tempo, o livro parece ir na contramão de qualquer processo jurídico: vai da sentença até a narrativa do crime. Um crime sobretudo passional. Por isso, os cenários são o bar, a zona, a escola – as instituições literárias do submundo.
Diego Moraes é um dos idealizadores da Flipobre. Seus livros são publicados em editoras experimentais, paralelas: primeiro Saltos ornamentais no escuro (Edição do autor); depois na Barteblee, onde lançou seus dois livros seguintes (A fotografia do meu antigo amor dançando tango e A solidão é um deus bêbado dando ré num trator, de 2012 e 2013); depois, Um bar fecha dentro da gente (2015), pela Douda Correria, editora lusitana; agora, na Corsário-Satã. Logo estará também em tradução, na Argentina, numa coletânea da editora Ediciones Outsider.

Lançamento em São Paulo/ Balada Literária
20 de novembro, às 20h30
Centro Cultural B_arco


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

             
             

                              


«Caminhou Noé dois dias e duas noites com o ânimo de um jovem ao primeiro quilómetro, durante toda a viagem.
Parecia navegar dunas fora, não sentindo pedras, areias, vento, noite ou dia. Parou quando se proporcionou, bebeu água de um ribeiro, apanhou uma laranja ou recebeu um pão que alguém lhe estendeu. Percebeu que devia parar quando se viu embrenhado num mato, de tão denso que era. Ali o pino do meio-dia parecia não existir.
Não teve medo.
Sentou-se à espera de perceber o que faria de seguida, já que durante a viagem se juntaram todas as peças na sua cabeça: um dia vai desatar a chover, que Deus não está mais para isto, e é preciso que tudo esteja pronto para deixar com vida o que for para deixar com vida.»

in O que Faz Deus quando se Sente Sozinho, Noé


domingo, 15 de novembro de 2015

                                   
Defender o vivo e a sua continuidade é interpretar e reinterpretar o nosso papel, o papel da humanidade na transformação e manutenção dos equilíbrios da natureza que também transformámos. A caça ordenada, num quadro de racionalidade e regras claras, é um benefício para a manutenção de ecossistemas ricos, equilíbrios agro-florestais produtivos e uma vida rural geradora de comunidade. 
(António Eloy

As boas práticas da caça, que o mesmo é dizer, o respeito pelos bichos e pela natureza, estão bem vincadas nas páginas do livro, presentes em quase tudo o que é contado. Felizmente. É cada vez mais necessário que o devoto de Santo Huberto se liberte da mácula de predador sem escrúpulos, de cruel assassino de animais, de invasor da propriedade alheia, de inimigo da paz ambiental. É urgente que se guarde respeito à caça e a quem a pratica. É preciso que se veja nela uma forma natural de equilíbrio no sensível espaço rústico onde tudo acontece. 
(João Mário Caldeira)

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

GRAMÁTICA DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS....

               

Sinopse:

Esta gramática, enriquecida com exemplos colhidos em escritores dos países lusófonos, tem como principais destinatários os estudiosos estrangeiros da língua portuguesa (alunos, autodidatas, tradutores) e os alunos e outros aprendentes que têm o português como segunda língua – nomeadamente os naturais de países de língua oficial portuguesa, em especial de Cabo Verde, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste; assim como os lusodescendentes – que já falem e escrevam a língua portuguesa e pretendam aperfeiçoar o seu conhecimento. O presente livro poderá também ser útil a professores de português língua não materna e a discentes de português língua materna. A presente gramática está escrita em conformidade com o novo acordo ortográfico e, pela primeira vez, a sua nomenclatura está, em geral, de acordo com o Dicionário Terminológico da Língua Portuguesa (DT), “um documento de consulta, com função reguladora de termos e conceitos sobre o conhecimento explícito da língua”, que o Ministério da Educação Português e a Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular disponibilizaram aos docentes do ensino básico e secundário, “de forma a acabar com a deriva terminológica.” Ela tem também em consideração a nomenclatura gramatical brasileira e os resultados da investigação em linguística, plasmada em A Gramática do Português, uma edição da inexcedível Fundação Calouste Gulbenkian, datada de outubro de 2013.

EDIÇÕES COLIBRI
Preço: 15,00 € 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

              


As campanhas de dinamização cultural, integradas na 5.a Divisão do EMGFA, em 25 de Setembro de 1974, foram lançadas em conferência de imprensa, no Palácio Foz, ficando sob a coordenação da Comissão Dinamizadora Central (CODICE). Apesar de o objectivo fundamental destas campanhas ser a divulgação e o esclarecimento do programa do MFA e consolidar progressivamente, com confiança mútua, a ligação Povo-MFA, com o reconhecimento que este era constituído por oficiais, sargentos e praças, outros objectivos foram determinados como o esclarecimento sobre o acto cívico de votar, por exemplo.
Para orientação dos responsáveis das campanhas, foram produzidas directivas, podendo ler-se, na n.º 1, ainda de Outubro 74, o seguinte:
“3b) Actuar politicamente, com uma presença efectiva de militares junto da população… com base no esclarecimento do programa do MFA, e possibilitar a discussão das vias do futuro, criando condições para uma ampla participação do povo na vida nacional”.




HOJE, AO FIM DA TARDE

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

         


Lisboa | Convite

Num gesto de apoio à cultura do Alentejo, como do país, as Edições Colibri, a Casa do Alentejo e o autor
convidam-vos a participar no lançamento de Canto Matinal | de Évora ao Cairo o novo livro do escritor eborense António Murteira com a chancela das Edições Colibri

Lisboa | Casa do Alentejo
sábado | 14 de novembro | 16 horas

Apresentação pela escritora Carmo Miranda Machado

Com a participação de Rosa Honrado Calado
Diretora da Casa do Alentejo
Fernando Mão de Ferro
Editor | Edições Colibri

Piano
Dinis Mendes

Leitura
Margarida Guerreiro
José Lourido
António Murteira

Contamos consigo, familiares e amigos!
 — em Casa do Alentejo.
      Lançamento da obra "SOMOS", de Carla Valente, com fotografia de António F. Maia

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    Apresentam a obra Luís Quintino Lima e César Santos Silva.

    Editora Mosaico de Palavras
    No auditório da Biblioteca Almeida Garrett | Palácio de Cristal.(Porto)