quarta-feira, 15 de julho de 2015

                                                     


 A. M. Pires Cabral (n. 1941), premiado autor com mais de cinquenta obras publicadas – entre poesia, conto e romance –, é um artesão da linguagem e memória vivencial de Trás-os-Montes, trazendo na sua escrita um encontro invulgar entre a anafada antiguidade e a irónica modernidade. O leitor, desafiado no seu próprio espírito inventivo, não deixará de ser levado pela curiosidade que o autor, tão habilmente, lhe vai aguçando:
«... chegado a meio, diz o Leitor, com ar de quem descobriu a pólvora: já sei como isto vai acabar.
O autor assume isso, mas vai avisando que tem cartas escondidas na sua manga de prestidigitador.» [A Navalha de Palaçoulo]

Constituem a obra dez narrativas, na maioria relativamente breves, cuja acção vai geralmente avançando em direcção a um desfecho inesperado ou surpreendente. Os títulos: “Mistérios da polissemia”, “O Poeta”, “A caixa”, “O preço”, “O meio-termo”, “O cozinheiro calista”, “Um dedo a menos”, “Um tão longo namoro”, “Uma viagem na Linha do Tua” e o que dá o título ao livro, e mais extenso de todos, “A navalha de Palaçoulo”.

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