quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A Serra e a Cidade - O Triângulo Dourado do Regionalismo

 
Maria Beatriz Rocha-Trindade (fotografia de Jorge Barros)
 
Preço de capa€ 24,00 (com IVA)
Número de páginas144
Formato200 x 200 mm
Edição1.ª Ed. - Dezembro 2009
Âncora Editora
 
O presente livro traduz um empenhado interesse, por parte de quem o escreveu e ilustrou, pelas Gentes da Serra.
A primeira parte deste trabalho é dedicada a uma descrição da zona serrana: «A Serra: Vistas e Perspectivas; Factos e Indicadores; As Aldeias da Serra». Por essas páginas fica-se a conhecer a visão do visitante provindo do exterior e a impressão que lhe é transmitida pela beleza da paisagem, frequentemente marcada pela nudez causada pelos incêndios florestais. São todavia fornecidos outros dados de natureza quantitativa, que provam a grave tendência para o despovoamento, causado pela falta de recursos naturais e de emprego na região analisada.
A autora mostra de que modo a integração na grande cidade não fez esquecer os problemas e as insuficiências das terras de origem.
Pretende-se que o trabalho realizado possa suscitar o saboreio estético da realidade que se pode observar naquela lindíssima região do País, prestando simultaneamente um tributo e o muito apreço pela acção dedicada que os Regionalistas desenvolvem, desde há décadas e onde quer que se encontrem, para fazer sobreviver as comunidades de origem e para melhorar a qualidade de vida das populações residentes.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

OPERARIADO NO NOROESTE PORTUGUÊS (1834-1934): Porto, Vale do Ave e Estudo dos Casos de Guimarães e Viana.

                                     livro tese de doutoramento em história no Porto

Tendo como baliza cronológica o período 1834-1934, é composto de uma síntese da história do movimento operário, de uma caracterização do operariado português e nortenho em particular, de um capítulo sobre o movimento operário no Porto, outro sobre a sindicalização do Noroeste e dois sobre o movimento operário em Guimarães e em Viana do Castelo.
512 páginas
15 €

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Beleza de Lisboa - Eléctrico 28, Uma Viagem na História




  O Eléctrico 28 é um verdadeiro ex-libris de Lisboa, e uma das melhores formas de conhecer a cidade.


  Das janelas deste pitoresco meio de transporte podemos apreciar todo o património histórico e natural que Lisboa tem para oferecer, desde a imponente Basílica da Estrela até ao monumental Castelo de São Jorge, na zona medieval da capital. 


  O Eléctrico 28, ou "Amarelo" como é carinhosamente apelidado pelos habitantes de Lisboa, faz parte de um conjunto de veículos originalmente importados dos Estados Unidos em 1901 com o objectivo de subtituir as antigas carruagens puxadas a cavalo, que eram o principal meio de transporte na altura. 


   Podemos começar a nossa viagem em plena baixa de Lisboa, na Rua da Conceição por exemplo, e subir até ao Chiado, um dos bairros mais cosmopolitas e históricos da cidade, entre o Bairro Alto e a Baixa. Aqui encontramos as mais diversas lojas de designers, galerias de arte, restaurantes, cafés (a famosa Brasileira com a célebre estátua do poeta Fernando Pessoa), livrarias, teatros (a ópera do São Carlos e o São Luíz), bem como o elevador da Bica e o Miradouro de Santa Catarina, também conhecido como Adamastor. 


   Descemos pela Calçada do Combro, que nos leva até à Assembleia da República, um dos mais importantes orgãos de soberania nacional, e a partir daí voltamos a subir em direcção à Estrela, que nos oferece um relaxante passeio pelo seu magnífico Jardim, repleto de imponentes dragoeiros e jacarandás. Antes de regressar, não podemos deixar de visitar também a magnífica Basílica da Estrela, uma das mais brilhantes realizações do Barroco tardio em Portugal.



  "Às quatro horas e 40 minutos da manhã de 31 de Agosto de 1901 inicia-se uma nova era nas ruas da capital. O primeiro carro eléctrico da cidade parte do Cais do Sodré para Algés, ostentando a bandeirola de "experiência" e provocando, apesar do insólito horário, uma verdadeira sensação entre os deslumbrados alfacinhas. Dá-se início a uma nova era. Cem anos depois, o eléctrico é um dos habitantes mais queridos das ruas da cidade, e a sua presença transformou-se em verdadeiro "ex-libris". Nesta obra, traça-se a pré-história do carro eléctrico, através da recordação de transportes públicos anteriores, como o omnibus, o "lamanjart" ou o carro americano; percorre-se depois o longo historial dos eléctricos lisboetas, desde os primeiros carros - chegados de Philadelphia e de Saint Louis (EUA) entre 1901 e 1904 - até aos modelos já concebidos em Portugal, nas oficinas de Santo Amaro (década de 20), aos novos formatos adoptados na década de 30 ou, mais recentemente, na década de 90 (eléctricos articulados que fazem a linha ribeirinha). E, porque falar dos eléctricos lisboetas é, na sua essência, falar da Carris, traça-se também a história desta empresa, desde o tempo em que, após intervenção governamental, Luciano Cordeiro e o seu irmão obtiveram, por alvará régio, o privilégio da exploração de um sistema de "viação-carril urbana" e o venderam a um grupo de investidores brasileiros (Julho de 1871)."
    in História do Eléctrico da Carris / The History of the Lisbon Trams de Marina Tavares Dias .


 A Beleza de Lisboa Eléctrico 28, Uma Viagem na História de Nysse Arruda
  A autora associada ao atelier de design de Henrique Cayatte, e à fotógrafa Clara Azevedo, pretendeu criar uma obra de referência para os habitantes locais e turistas que visitam a cidade e que, a bordo do Eléctrico 28, percorrem uma rota com grande significado histórico na capital. A ideia é produzir um livro com um design contemporâneo e arrojado, muito bem ilustrado e com tiragens em versões em português e inglês. A autora pretende (...) ampliar a divulgação do turismo histórico e cultural da cidade de Lisboa, detalhando cada um dos monumentos que pontuam a rota do "28", datados desde o século XII até o século XIX, bem como os museus, os teatros, os miradouros e os jardins que se encontram no percurso do"28" e todos os factos históricos relevantes que tiveram lugar em um ou outro ponto do percurso, somando assim cerca de 2.500 anos de história da cidade de Lisboa. Pretende-se ainda transmitir as vivências quotidianas da cidade e as manifestações culturais e sociais como, por exemplo, a tradicional Feira da Ladra e as festas de Santo António, sem esquecer de referenciar as personalidades culturais, como o poeta Fernando Pessoa, ou mesmo a evocação da Lisboa Queirosiana. A completar o conteúdo editorial do livro, incluir-se-á um capítulo com a história e os detalhes técnicos sobre o próprio Eléctrico 28 como também dados sobre a criação da rede de eléctricos da Carris no início do século passado e um historial da própria empresa. A finalizar também serão incluídos um mapa do percurso, a lista das paragens e ainda uma lista com todas as moradas, contactos e horários de funcionamento dos monumentos e sítios citados no texto. 
 ( A Beleza de Lisboa - Eléctrico 28 de Nysse Arruda )
Editor: INCM
Ano: 2010
Páginas: 160
€30,00
                                                          

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Da Riviera Portuguesa à Costa do Sol (Cascais, 1850-1930)


Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Cascais
Editora: Edições Colibri
25,00 €


Sinopse:

Da Riviera Portuguesa à Costa do Sol apresenta a história do concelho de Cascais entre os anos de 1850 e 1930. Ainda que a assunção da vila enquanto praia da moda pareça remontar a 1870, mercê da adaptação de parte da Cidadela a Paço Real, para apoio aos banhos de mar praticados pelos monarcas, a necessidade sazonal de sociabilização já conduzia os lisboetas até à região, desde meados do século XIX. Esta evolução estendeu-se, depois, a todo o concelho, com particular destaque para o litoral de Carcavelos a Cascais. A obra avalia, assim, a dinâmica do município no contexto da Regeneração e dos períodos subsequentes, até à sua definitiva imposição enquanto destino turístico de primeira ordem, em 1930, na sequência da inauguração do Hotel Palácio e da transformação do Estoril na derradeira paragem do Sud Express, proveniente de Paris.

Detalhes:

Ano: 2011
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 318
Formato: 23x16

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Aguardentes de Frutos e Licores do Algarve - História, técnicas de produção e legislação


Temas: BiologiaQuímica
Editora: Edições Colibri
15,00 €

Sinopse:

Ao trazerem para o conhecimento geral o que tem sido a produção de aguardentes e licores no Algarve, ao longo do tempo, os autores quiseram mostrar a importância que estes produtos têm tido na economia de pequena escala dos agricultores e transformadores da serra algarvia, bem como a necessidade de estes continuarem a desenvolver estas actividades, contribuindo para a diminuição dos efeitos da desertificação humana, que tem vindo a ocorrer, de forma acentuada, desde há várias décadas.

Detalhes:

Ano: 2007
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 136
Formato: 16x23

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Atrelagem em Portugal, de Fernando de Almeida e Vasconcellos


Preço de capa€49.00 (com IVA) Número de páginas170
Formato220 x 295 mm
Âncora Editora
 
A Atrelagem em Portugal, que ora se publica, pretende ser uma referência para todos aqueles que se interessam pela utilização e maneio do cavalo atrelado, mas também pelo património de carros de cavalos existentes em Portugal, bem como as suas guarnições e arreios.
Um livro desta natureza é, antes de mais indispensável para quem se inicia nestas lides e precisa de adquirir os conhecimentos necessários para atrelar um ou mais cavalos e circular com eles em segurança, para que eles possam avançar, curvar e ter equilíbrio nos diversos andamentos.
Mas, é também objectivo desta obra fornecer, aqueles que já ultrapassaram as primeiras dificuldades da iniciação e debutam na competição desportiva, as regras, informações e princípios da arte de conduzir cavalos, que foram transmitidas pelos mestres e campeões da modalidade ao autor destas linhas e que ele próprio estudou e praticou em mais de vinte anos de competição em Portu

Flora da Região Demarcada do Douro (3 Volumes)


Edição/reimpressão: 2006
Editor: João Azevedo Editor
50,48€

É um livro extraordinário de uma pequena editora sediada em Mirandela

                                                    Flora da Região Demarcada do Douro (3 Volumes)
Sinopse

A flora da região demarcada do Douro, em edição de luxo, numa colecção dedicada ao património natural do Douro.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Moinho de Maré do Cais das Faluas



O Renascer de uma Memória



Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Montijo
Editora: edições colibri
8,40 €


Sinopse:

Com os estudos e a recolha memorial que se seguem encontramo-nos, indubitavelmente, perante uma valiosa contribuição no domínio da reanimação, preservação e dignificação do património cultural montijense. Neste edição inserem-se - à luz da arqueologia, da tecnologia tradicional e da etnografia - para além de um enquadramento geral da actividade moageira, uma pormenorizada notícia sobre as específicas e complexas acções de recuperação do Moinho de Maré do Cais das Faluas.

Detalhes:

Ano: 2006
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 116
Formato: 23x16

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Apresentação dos livros "Padre António Fontes – Vida e Obra" e "Prolegómenos – Crónicas de Barroso" (volume III)


22/2 às 21:00
Câmara Municipal de Montalegre, Praça do Município, Montalegre

                                               

                                             bento da cruz e padre fontes.jpg

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

VIVA A REPÚBLICA LOURES, 1915


Lançamento do Livro "Viva a República, Loures 1915" de António Valdemar - 20 de Fevereiro na BMRR - Cidade Universitária‏

                                           

LIVRO: " VIVA A REPÚBLICA LOURES, 1915";
AUTORAntónio Valdemar [Pres. Acad. Nacional de Belas-Artes].
EDIÇÃO: Assembleia Municipal de Loures

LANÇAMENTO:

DIA20 de Fevereiro 2013 (18 horas);
LOCAL: Auditório da Biblioteca-Museu República e Resistência (Cidade Universitária, Lisboa);
APRESENTAÇÃO: Dr. António Reis.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tradição e Inovação Alimentar. Dos recursos silvestres aos itinerários turísticos



Organização: Maria Manuel Valagão
Temas: Turismo, Gastronomia
19,95 €

Sinopse:

Resultado de um projecto de Desenvolvimento Experimental e de Demonstração que decorreu no concelho de Alcácer do Sal, este é um livro sobre a inovação das tradições alimentares (...) Foram valorizadas as componentes relativas à flora local, aos recursos micológicos silvestres, aos recursos alimentares culturais e identitários...(...). Os produtos sobre os quais se desenvolveu a vertente de experimentação e demonstração foram o "tomate seco", as "ervas aromáticas condimentares" e os "cogumelos silvestres secos". Estes produtos cujas especificidades nutricionais e gastronómicas se adaptam às novas necessidades dos consumidores urbanos (...) detêm, simultaneamente, um alto valor acrescentado, o que lhes confere um sentido de oportunidade para potenciais iniciativas empresariais.

Detalhes:

Ano: 2006
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 270
Formato: 23x16

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O Espírito do Jogo - Estudos e Ensaios



Autor: Jorge Crespo

12,00 € 

Sinopse:

“O estudo presente é o resultado de uma pesquisa sistemática sobre os problemas do jogo, numa primeira fase levada a efeito sob o domínio de preocupações de natureza pedagógica e 'educativa' a que não eram estranhas as influências da psicologia sobre o assunto. Depois revelou-se progressivamente a insatisfação perante certos reducionismos que não permitiam a visão global do fenómeno e, principalmente, vincou-se a convicção de que não era o jogo mas sim os jogos que constituíam a matéria principal de análise. (…). Os jogos são elementos de um conjunto de fenómenos homogéneo, no qual se verifica a permeabilidade de múltiplos aspectos (festividade, actividades agrícolas, organização do tempo, arte, etc.), entre as quais circulavam e se reforçam ideias, sempre na perspectiva de totalidades em movimento. Para o efeito, a contribuição da antropologia, da história e da sociologia revelou-se uma opção fundamental na tentativa de superar os reducionismos do passado e as insuficiências de explicações excessivamente afastadas da realidade concreta e das variantes que se observam no terreno da prática lúdica”.

Índice:

Introdução
A agitação e a morte. Os jogos de ruptura com o passado
A conquista do paraíso
Os jogos de fortuna ou azar
Das justas e torneios às cavalhadas
O torneio da coca
A força da vida. Os jogos de força
O jogo do pau
A péla e a pelota
Os jogos de bolas
O fito dos homens
Os jogos tradicionais em Portugal. Os caminhos da investigação
Os fundamentos culturais do jogo
Bibliografia

Detalhes:

Editora: Edições Colibri
Ano: 
2012
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 212
Formato: 23x16




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Felizmente Houve a LUAR – Para a História da Luta Armada Contra a Ditadura



 
Autor: José Hipólito Santos
Âncora Editora
Preço de capa€19,00Número de páginas280
Formato150 mm x 230 mm
 
José Hipólito Santos, ex-dirigente da Liga de União e de Acção Revolucionária (LUAR), conta na primeira pessoa uma parte da história desta organização que participou na luta revolucionária contra o fascismo em Portugal.

Para além de recorrer às memórias do seu próprio envolvimento na LUAR, entre 1967 e 1970, o autor confrontou-as com os testemunhos de outros activistas, obtidos através de conversas, entrevistas e documentos escritos. Estudou ainda documentos encontrados nos arquivos da PIDE/DGS, existentes na Torre do Tombo, e alguns arquivos pessoais.

Segundo a historiadora Irene Flunser Pimentel, que assina o prefácio, «muito do que [José Hipólito Santos] descobriu coloca profundas questões políticas, morais e pessoais, contribuindo para explicar por que razão durou a ditadura portuguesa tantos anos. A infiltração policial nas organizações políticas clandestinas não só as minou por dentro como espalhou a desconfiança e a duplicidade entre os oposicionistas ao regime.

A LUAR acabou por ser a organização armada que perdurou mais. O trabalho feito pela LUAR, como por todas as outras organizações, fruto de enormes sacrifícios dos seus militantes, acabou finalmente por vencer a polícia!»
Biografia do autor


José J. Hipólito Santos (Porto, 1932), socio-economista, foi colaborador da Seara Nova e dos Cadernos de Circunstância; membro do MUD-Juvenil e das Comissões Promotoras do Voto.

Participou na Revolta da Sé e no Golpe de Beja, foi dirigente do MAR, da LUAR e do PRP, preso político e esteve exilado em Argel.

Foi ainda presidente do Ateneu Cooperativo e da Associação dos Inquilinos Lisbonenses e fundador da cooperativa SEIES.

Foi membro do Comité de Acção da Sorbonne, em Maio de 68, e professor universitário em Paris (1971/74 e 1978/79) e Lisboa (ISEG em 1974/78 e ISPA em 1980/81 e 1991/94).

Perito das Nações Unidas e membro das redes Alliance Pour Un Monde Responsable, Pluriel et Solidaire e DRD-Démocratiser Radicalement la Démocratie. Participou no Congresso Mundial de Cidadãos (Lille, 2001).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

As Lendas do Dia dos Namorados


Porque hoje (14 de fevereiro) é, entre nós, o Dia dos Namorados, uma data com muito simbolismo lendário, aqui fica uma das versões da lenda, uma lenda do mundo, que lhe deu origem:


Valentim era padre nos alvores da Idade Média. Diz a lenda que o imperador de então, Cláudio II, havia proibido os casamentos em tempo de guerra, para que os soldados, de coração liberto, melhor se empenhassem nas batalhas, evitando, ao mesmo tempo, que deixassem jovens viúvas desamparadas e filhos órfãos.
Porém, o padre Valentim, conhecedor do seu rebanho, e percebendo ser difícil impedir que, entre os jovens, os corações palpitassem e o amor despontasse, ignorou a proibição, continuando a casá-los discretamente, por achar que, pior do que viúvas desamparadas e filhos órfãos, era ficarem por lá mães solteiras com filhos de pais incógnitos.
Entretanto, denunciado ao imperador, Valentim foi mandado prender. E na prisão, enquanto aguardava a sentença, ele próprio se enamorou de uma filha cega do carcereiro, a quem, por milagre, devolveu a vista. Condenado depois à tortura e à morte, passou a ser venerado pelo povo como santo. E o dia da sua morte, 14 de fevereiro, viria mais tarde a ser consagrado como Dia dos Namorados, ou Dia de São Valentim.

Contudo, no Brasil, a origem lendária do Dia dos Namorados liga-se não a São Valentim mas a Santo António, o santo português padroeiro dos noivos. Por isso é festejado no dia 12 de junho, véspera do dia do Santo. E é portuguesa a lenda que deu origem à tradição: A lenda de “Santo António mandado degolar” (mandado degolar pelo pai de uma noiva obcecada de amores pelo santo, quando ainda o não era). Foi recolhida na região do Douro e pode ser consultada na obra Património Imaterial do Douro –Narrações Orais, vol. 1, (Lisboa, Âncora Editora, 2007, pág. 37).
Alexandre Parafita

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual (3ª Edição)


"O  Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual (3.ª edição, de 1990), dos
Comandantes Humberto Leitão e J. Vicente Lopes, constituído por 585 páginas, é um dicionário
que revela extraordinária erudição, apresentando  numerosas informações sobre a história dos
termos, vocação histórica que é expressamente assumida pelo Comandante Humberto Leitão
logo na «Introdução à primeira edição» (pp. ix a xiii). Leitão & Lopes 1990 tem a
particularidade de dar conta de variação terminológica, de cariz sócio-profissional (exs.:
escadeiro, dito ser pertencente à gíria de proa, ou impulheta por ampulheta e inçar por içar) e de cariz diacrónico (ex.: gaivina, forma antiga de garazina)." Margarita Correia


O único reparo a este dicionário é a não apresentação da categoria morfossintáctica dos termos (substantivo ou verbo), o que coloca vários problemas a utilizadores estrangeiros e a tradutores.


  Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual (3ª Edição)

 Autor: Humberto Leitão e José Vicente Lopes
 Ano de Publicação: 1990
 Preço: 27,93 €  
 Nº de Páginas: 548
 Formato: 17 x 24,5


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O vocabulário marítimo português, de Ana María Simões da Silva Lopes



«A reedição da minha tese “O Vocabulário Marítimo Português e o Problema dos Mediterraneísmos” em Maio de 2006, depois de ter esgotado a 1ª edição, publicada na Revista Portuguesa de Filologia, Coimbra, com separata de 1975, reacendeu em mim o gosto pelas pesquisas de campo no litoral. As primeiras investigações, fonte deste trabalho, tiveram lugar na década de 60 e tive a sorte, apesar das embarcações tradicionais já desaparecidas, de ainda registar e ter conhecido outras que são completamente desconhecidas ou de que existe apenas um belo exemplar no Museu de Marinha de Lisboa: caso da barca da arte xávega São João Baptista e do calão com cornicho Alcindo Pereira, ambos algarvios, e do barco do mar de quatro remos da costa Norte, da bateira do mar Carlitos, da barca da Nazaré Maria Eulália, do saveiro da Caparica e  da bateira de Buarcos, entre outros.
Como já em 1985, após 20 anos dos primeiros trabalhos “in situ”, havia dado uma volta informal pelo litoral, colhendo imagens e entabulando conversas dirigidas com os pescadores, não seria má ideia pôr pés ao caminho para ver, “claramente visto”, o ocaso das embarcações tradicionais. São intervenções que distam umas das outras 20 anos e permitem tirar algumas conclusões. Se nos anos 60 e 80, era o crepúsculo das embarcações tradicionais, na douta opinião de Octávio Lixa Filgueiras, agora é um ocaso bem escuro e senti que o que havia a fazer era percorrer incessantemente o litoral para recolher um ou outro exemplar, quase todos embarcações miúdas, fotografá-las (é o mínimo que se pode fazer), descrevê-las, medi-las, para que a sua memória perdure e haja elementos para se reconstituírem, se para tal houver interesse. Sobretudo, divulgá-las. Num quotidiano em que as comunidades cada vez mais voltam as costas ao mar, a cultura marítima corre o risco de se perder.
As pequenas embarcações de madeira, já nos anos 80 com popas cortadas para a aplicação de motores fora de borda, ainda reflectiam os materiais de construção autóctone, como as madeiras de pinheiro, de carvalho, de castanheiro e outras, a estopa do calafate, o ferro para reforços, o arame para armadilhas de pesca, o sisal para cabos, a cortiça para bóias, a lona para velas, etc.
Hoje, materiais modernos como o plástico, a esferovite, o nylon, o aço inoxidável, o contraplacado marítimo e a fibra de vidro, para além da motorização sistemática, em detrimento dos remos e da vela, são a realidade com que deparamos e que temos de aceitar, quer gostemos, quer não.
De maneira alguma somos contra a evolução e o progresso, pois a condição de vida da classe piscatória tem de melhorar, de evoluir, as práticas de pesca têm de se modernizar, as condições de segurança de se reforçar e para isso são necessários os vários portos de abrigo que têm vindo a ser construídos ao longo do país, na última década.
Mas lá que a beleza colorida dos areais, a vivacidade e a algazarra das lotas na praia, o alar e o varar tradicionais no areal se foi perdendo, isso é uma verdade.
A substituição de embarcações de madeira por outras de fibra de vidro, mantendo as primeiras válidas sob o ponto de vista cultural, é extremamente difícil, porque a sua substituição legal actualmente exige o abate da primeira por destruição do exemplar em questão. Algumas associações de defesa do património lutam com esse problema. O que nos resta fazer perante este panorama?
Devemos voltar a construir essas embarcações recuperando os modelos, as formas, e as técnicas de construção naval, isto é, as tais réplicas navegantes, como os casos da gamela de Carreço, da catraia de Esposende, da lancha poveira do alto da Póvoa de Varzim, de algumas embarcações do rio Tejo, recuperadas por Câmaras ribeirinhas e do caíque de Olhão recuperado pela Câmara Municipal de Olhão, em 2002?
Devemos musealizá-las, como o caso do Museu Marítimo de Ílhavo com as embarcações da Ria e do Museu de Marinha de Lisboa, para citar dois dos casos que me são mais familiares?
Devemos utilizá-las como elementos decorativos em rotundas ou centros comerciais? Ou simplesmente, devemos estudá-las e divulgá-las?
Presentemente, nesta perspectiva, ainda só consegui revisitar a zona marítima ocidental, de Norte para Sul que vai da Aguda à Praia de Vieira, a costa desde a Caparica a Fonte da Telha e o Algarve na sua totalidade, de Vila Real de Santo António a Sagres e ainda Carrapateira e Arrifana, na costa vicentina.
Já é uma boa fatia do nosso litoral, que tenciono retomar logo que as condições atmosféricas o permitam, para poder constatar o que na realidade se passa.
As embarcações tradicionais portuguesas sempre me apaixonaram e tinha imenso gosto em comparar os anos 1960, 80 e a primeira década do séc. XXI, depois de já ter levado a cabo um confronto inicial com as existências registadas por Baldaque da Silva na magnífica obra “Estado Actual das Pescas em Portugal”, publicada em 1891.»
Dr.ª Ana Maria Lopes, Ílhavo, 5 de Fevereiro de 2007
Texto publicado na Revista da Armada nº 408, Maio 2007

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Farinhas, Moinhos e Moagens, de Jaime Alberto do Couto Ferreira



 
Preço de capa€17,00 (com IVA) Número de páginas272
Formato150 x 230 mm
Âncora Editora
 
Farinhas, Moinhos e Moagens apresenta-se-nos com uma dupla valência, pois sendo um trabalho científico é igualmente um excelente documento de divulgação sobre um dos temas mais importantes da nossa história económica. Esta obra traça-nos um quadro rigoroso de uma época e de uma atividade de grande relevância na sociedade portuguesa. O Professor Jaime Alberto do Couto Ferreira é um dos maiores especialistas sobre a atividade cerealífera, desde a produção até ao consumo, sendo autor de várias obras que lhe têm granjeado o reconhecimento da comunidade científica e do público interessado na matéria

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Tradições do Entrudo em Trás-os-Montes


[Os caretos e um facanito]
As festas do Entrudo fazem parte de um tempo excepcional e têm uma função transgressora, libertadora e, em muitas circunstâncias, iniciática. Trata-se de um tempo limitado mas intenso, em que tudo é permitido, um tempo de ruptura das proibições, um tempo de violação ritual, que se opõe aos “constrangimentos” da Quaresma que se avizinha. Em Trás-os-Montes, o que de mais genuíno perdura das tradições de Entrudo, são os desfiles diabólicos de “caretos”, “matrafonas” e “facanitos”, assim como as leituras de “testamentos” (ou “papeladas”), os “julgamentos públicos” e as “pulhas casamenteiras”.
 
O Entrudo procede do latim “introitus”, que significa entrada. Por isso, representa a entrada na Quaresma, ou seja, a despedida dos excessos e dos prazeres da carne (de onde veio a moderna designação de “Carnaval”), o que confirma bem o apurado sentido cristão da sua génese, ainda que o vejamos, como festa popular, inteiramente dominado por rituais pagãos. Esta “despedida da carne”, que se festeja um pouco por todo o mundo em múltiplas manifestações consoante a idiossincrasia e o ímpeto catártico dos povos, vemo-la em algumas aldeias transmontanas assumir um carácter muito singular, revestindo um fenómeno antropologicamente assaz valioso.

A tradição dos “caretos”, tal como ocorre em Podence, Macedo de Cavaleiros, é bem o espelho desse fenómeno. E é de todas a mais ativa. Os rapazes, com os seus fatos de franjas de cores garridas, feitas de linho e lã nos velhos teares da aldeia, com máscaras de lata e chocalhos à cintura, percorrem num frenesim “eléctrico” todos os cantos da aldeia, entram e saem pelas janelas das casas e alpendres, trepam aos telhados, em busca das raparigas solteiras que arrastam para a rua ensaiando com elas rituais eróticos. Estas, caso não queiram entrar neste “jogo” só têm uma solução: vestem-se de “matrafonas” (mascaradas como eles) e saem também para a rua, onde estarão imunes às investidas dos moços. O cortejo completa-se com os “facanitos”, ou seja os mais pequerruchos da aldeia que, mascarados de trasgos ou mafarricos, acompanham os demais, cumprindo, também eles, o seu próprio ritual de iniciação e garantindo, ao mesmo tempo, a continuidade da tradição.
 Não menos singular é o mito/rito do Entrudo em Santulhão, Vimioso, conhecido como “julgamento do Entrudo”, onde se posicionam o “Anunciador”, o “Entrudo” acompanhado pela mulher e filhos, depois os “Advogados” de acusação e defesa e, por fim o “Juiz” exibindo o “livro das leis”. Esta alegorização do Entrudo e do seu clã familiar visa responsabilizá-los pelas desgraças do inverno, especialmente os males agrários, pelo que o ritual do julgamento representa, simultaneamente, o seu esconjuro e a purificação da comunidade, que assim entrará, com outro ânimo, num novo ciclo produtivo. Daí que, lavrada a sentença pelo juiz, os bonecos de palha, simbolizando as figuras a esconjurar, sejam queimados na praça pública perante a azáfama do povo.
Pela firmeza intemporal de algumas destas manifestações, há nelas, claramente, uma herança diluída dos velhos ritos romanos em honra do deus Saturno, o deus da agricultura. Nessas celebrações (conhecidas como “Saturnais Romanas” ou “Saturnálias”), era permitido que o poder dos senhores passasse provisoriamente para aqueles que faziam produzir os campos: os escravos. Era um tempo de inversão, prazer e exagero, em que estes passavam a ser livres, nas palavras e nas ações, podendo expor publicamente os seus senhores, criticando-os e pregando-lhes partidas.
Na região transmontano-duriense, com a mesma expressão, ou expressões similares e afins, os ritos expurgatórios que definem o Entrudo são comuns a muitas outras zonas, como sucede com os caretos de Vila Boa de Ousilhão, os Caretos aos Pares (compadres e compadres) de Lazarim, os Diabos, a Morte e a Censura em Bragança, a Morte e os Diabos de Vinhais, os Testamentos ou Papeladas em Espinhoso, as Pulhas Casamenteiras em Mogadouro, entre muitos outros.
Bibliografia:
PARAFITA, A – Antropologia daComunicação,
Lisboa, Ancora Editora, 2012
Alexandre Parafita

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Pampilhosa da Serra Poder Local e Ruralidade no Estado Novo (1934-1974)



15,00 €


Sinopse:

Durante o Estado Novo, a propaganda oficial louvava os municípios, no entanto, a actuação do regime coarctava a capacidade do poder local. A tradição de arbitrariedades que as elites locais praticaram em diversos períodos históricos ganhou novo impulso com o carácter autoritário do Estado Corporativo. Os pequenos municípios rurais, instrumento do aparelho repressivo salazarista, aliados ao poder religioso, tiveram papel relevante na promoção da obediência como um dever e condição para se viver em paz. O presente trabalho pretende ser uma contribuição para um melhor conhecimento da actividade do município de Pampilhosa da Serra durante o salazarismo e de que modo, num meio envolvente rude e pobre, isso contribuiu para a consolidação do regime. Além disso, procura dar a conhecer como o município pampilhosense exercia a função de administrar a pobreza no seu território e a vigilância e controle das populações no concelho. Neste estudo serão focados, ainda, os comportamentos das elites e estratos opositores ao poder instituído, nomeadamente o da maçonaria.

Índice:

Prefácio
Dedicatória
Agradecimentos
Resumo
Abstract

Introdução
As Razões de uma Escolha
Metodologia

I Capítulo – Contextualização Teórica
1.1 – Enquadramento Político-administrativo no Estado Novo
1.2 – O Conceito de Poder Local
1.3 – Concelhos Rurais
1.3.1 – Ruralidade como Situação
1.3.2 – Concelho, Tradição e Cidadania
1.3.3 – Município ao Serviço do Estado
1.3.4 – Elite Local e Poder
1.3.5 – Oposição e Alternância

II Capítulo – As Realidades Históricas do Município de Pampilhosa da Serra
2.1 – A Origem do Nome da Pampilhosa da Serra
2.2 – Uma Terra de Lonjura
2.3 – Um Sítio Adequado para Edificar a “Vila”
2.4 – Aparelho Político¬ administrativo na Pampilhosa no Antigo Regime
2.5 – O Quotidiano das Populações
III Capítulo – Poder Autárquico e Actividade do Município Pampilhosense (1934-1974)
3.1 – Poder e Oposição: Papel da Maçonaria
3.2 – Administrar a Pobreza
3.3 – Vigilância e Repressão
3.4 – Relação entre o Poder Civil e Religioso
3.5 – Fluxos Migratórios: o Êxodo Rural
3.5.1 – A Partida dos Humildes
3.5.2 – A Debandada das Elites
3.5.3 – O Recuo Demográfico
3.6 – Projectos Estruturantes
3.7 – As Novas Realidades dos Pampilhosenses

Conclusão

Ilustrações

Posfácio

ANEXOS
Anexo I – Inquérito sobre o Foral Manuelino – 1824
Anexo II – Memorial do concelho de Pampilhosa da Serra – 1935
Anexo III – Discurso do Deputado Nunes Barata na Assembleia Nacional – 1964
Anexo IV – Código de Posturas Municipais – 1957
Anexo V – Hino da festa da Coroação – 1949
Anexo VI – Fundação da Casa do concelho de Pampilhosa da Serra – 1941
Anexo VII – Nomeação do Exm.º Sr. Dr. António de Oliveira Salazar Cidadão Honorário deste concelho – 1934
Anexo VIII – Celebração da restituição de Sua Magestade ao livre exercício dos seus direitos – 1823
Anexo IX – Relação dos habitantes do concelho de Pampilhosa que ajudaram o exército miguelista – 1833

Referências bibliográficas

Índice Onomástico



O AUTOR:
Júlio Cortez Fernandes, nasceu na Vila da Pampilhosa da Serra, em Dezembro de 1946, Mestre em Ciência Politica, Cidadania e Governação pela Universidade Lusófona de Ciência e Tecnologia ULHT.
Gestor e Administrador de Empresas da área do Ambiente e Energia, está aposentado desde 2007.
Autarca de Assembleia de Freguesia, Vereador, Presidente de Câmara (interino) C. M. de Sintra, Deputado Municipal e Assembleia Metropolitana, cidadão honorário do Concelho de Sintra. Especialista em Desenvolvimento Regional, participou de 1992 a 2001, numa rede comunitária dedicada a esse tema, colabora na imprensa Regional. Adquiriu competências no estudo da toponímia e microtoponímia aplicadas ao conhecimento da história local, sobre esta temática mantém um blog.
É investigador há décadas da História, Economia e Sociedade dos Municípios da Cordilheira Central de Portugal.

Detalhes:

Ano: 2011
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 152
Edições 
Colibri

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

As Minas de Ervedosa (1906-1969) Efígie de Memória e Narrativa

                                       
                                                              
Preço: €16,00 (com IVA) 
Autora:Celina Busto FernandesNúmero de páginas184
Formato150 x 230 mm
Âncora Editora


Neste trabalho pretende-se (re)construir a narrativa do Couto Mineiro de Ervedosa, de 1906 a 1969. Este Couto situava-se no distrito de Bragança, concelho de Vinhais, na freguesia de Ervedosa. Para a concretização deste objectivo foi necessário reunirmos fontes documentais impressas e manuscritas, bem como, recorrer a testemunhos orais, entrevistando os intervenientes directos, para a partir desta memória colectiva, recriar o espaço social vivido no quotidiano da mina.
Deste modo, foi possível recuperarmos o passado histórico--social de uma localidade específica, valorizando o património local, enquanto fundamento da memória colectiva/individual, factor contributivo para a construção da identidade regional, articulando com a recolha de todas as fontes documentais referentes às minas de Ervedosa.
Assim, a recuperação do passado através da memória individual e colectiva foi a forma encontrada para homenagear todos aqueles que trabalharam directa e/ou indirectamente nas minas de Ervedosa, prestigiando não só o seu principal protagonista - o mineiro - mas também as várias famílias.

Biografia da autora:

Celina Maria Busto Fernandes nasceu em França, a 16 de Junho de 1973, passou a sua infância e adolescência na aldeia de Falgueiras, freguesia de Ervedosa, concelho de Vinhais.
Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, Variante de Estudos Portugueses, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. No decorrer da sua licenciatura participou na elaboração e organização de uma antologia, no âmbito da disciplina de Chinês I, Shijing -- Cancioneiro Chinês, Visto numa Perspectiva Ocidental. Completou este estudo com a participação num curso de chinês na Beijing Language and Culture University, na China. Concluiu, em 2004, a Pós-Graduação em Ciências Documentais, Variante Bibliotecas e Documentação. 
Obteve, em 2009, o grau de Mestre em Ciências Documentais, na especialidade de Arquivo e Serviços de Informação, com a dissertação As Minas de Ervedosa (1906-1969) - Efígie de Memória e Narrativa. Publicou, em 2001, uma recolha de textos de literatura oral, intitulada Ecos do Passado, Vozes do Presente: Literatura Oral e Tradicional dos concelhos de Vinhais e Chaves. Exerceu a função de professora de Português, em 2000/2001, na Escola Básica 2/3 da Cruz de Pau, concelho do Seixal. 
Actualmente exerce funções num Centro Novas Oportunidades.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Reconstrução do Sagrado - Religião Popular nos Avieiros da Borda-d'Água



Autores: Aurélio Lopes e João Monteiro Serrano
Preço de capa€ 14,50 (com IVA) Número de páginas172
Formato150 x 230 mm 
Edição1.ª Ed. - Dezembro 2009
Âncora Editora
 
No seguimento dos trabalhos do projecto de candidatura da cultura Avieira a património nacional, uma das vertentes mais significativas é a do estudo das diversas componentes sob as quais se manifesta a cultura dos pescadores Avieiros, não só enquanto um povo que imigrou da praia de Vieira de Leiria para se fixar no Tejo e no Sado, mas também enquanto membros de um contínuo cultural que teve origem na região da Ria de Aveiro e que progressivamente se foi estabelecendo na costa ocidental Portuguesa até à Praia de Vieira de Leiria.

O trabalho que agora se publica é um estudo da religiosidade Avieira, enquanto fenómeno resultante de uma progressiva adaptação e mudança às novas condições de vida encontradas pelos Avieiros nos rios Tejo e Sado, em condições de completo isolamento social.

Trata-se de uma obra temática, a primeira de uma série, com a qual se inicia a criação de um espólio que justificará a construção e apresentação ao Ministério da Cultura do projeto de candidatura da cultura Avieira a património nacional.